O mercado de jogos para dispositivos móveis está mais aquecido do que nunca, porém nem todos os jogos conseguem encontrar seu público nesta plataforma. Um exemplo disso é o lançamento da CAPCOM, Resident Evil 7: Biohazard, que apesar da sua fama e qualidade reconhecida em consoles e PC, não obteve o mesmo sucesso em sua versão para iOS.
A expectativa de trazer a experiência consagrada de Resident Evil para o mundo mobile não se traduziu em vendas para a CAPCOM, que viu Resident Evil 7: Biohazard ter um desempenho muito abaixo do esperado na plataforma da Apple. Desde seu lançamento, o jogo foi baixado 83.000 vezes, mas apenas cerca de 2.000 usuários decidiram pagar pelo game completo.
Apesar da Apple promover dispositivos como o iPhone 15 Pro e Pro Max como capazes de entregar uma “experiência de jogos com qualidade de console”, os jogadores parecem ainda preferir as plataformas mais robustas para jogos de alta demanda. Questões de preço e experiência de jogo são apontadas como principais motivos pelo qual os títulos AAA não alcançam o mesmo volume de vendas em celulares.
Este cenário nos leva a uma reflexão sobre o modelo de negócios e estratégias de preço no âmbito dos jogos móveis, especialmente para jogos considerados AAA, que envolvem pesados investimentos em desenvolvimento e marketing. A CAPCOM e outras desenvolvedoras terão que adaptar suas estratégias para atingir e lucrar com o público mobile, que apesar de amplo, demanda abordagens específicas e talvez preços mais acessíveis ou modelos de negócio diferentes.
