sexta-feira, julho 25, 2025
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Desinformação, mídias sociais e a importância da comunicação pública científica.

Claro! Aqui está uma versão reescrita do texto:

Durante a SBPC 2025, realizada em Recife, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) organizou uma significativa roda de conversa sobre “Desinformação, negacionismo e os desafios da comunicação pública da ciência nas mídias sociais”.

O encontro contou com a presença de especialistas que discutiram estratégias para combater a desinformação e reforçar a confiança na ciência.

Participaram do debate Ana Cristina Santos, chefe da Assessoria de Comunicação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Jean Campos, líder de projetos do CGEE; Adriana Badaró, também líder de projetos; e Carolina Cunha, jornalista e pesquisadora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).

Jean Campos iniciou a discussão apresentando dados alarmantes sobre desinformação. Ele revelou que 73% dos brasileiros buscam informações sobre ciência, tecnologia, saúde e meio ambiente nas redes sociais, onde a desinformação se torna um problema significativo.

“Desinformação não é apenas um fenômeno técnico, mas político, devendo ser entendida no contexto de uma desordem informacional”, destacou.

Ele ressaltou que a Constituição de 1988 assegura o direito à informação, e a comunicação pública da ciência deve ser tratada como uma ferramenta de ação, conectando ciência, políticas públicas e cidadania.

Adriana Badaró compartilhou os resultados da nova Pesquisa de Percepção Pública da Ciência e Tecnologia no Brasil. Ela abordou a influência da desinformação e o conceito de “higiene informacional”, especialmente em saúde, meio ambiente e ciência.

A pesquisa examinou hábitos de verificação de informações e a percepção sobre fake news, vacinas e mudanças climáticas. Para Adriana, os cidadãos reconhecem a infodemia, mas muitas vezes disseminam desinformação sem perceber.

“A valorização da ciência é majoritariamente simbólica, e há uma falta de engajamento real da população com a aceitação das evidências científicas”, explicou. Segundo ela, essa aceitação não depende apenas de dados técnicos, mas também de fatores culturais e identitários. A desinformação é estrutural e o combate a ela requer evidências públicas, acessíveis e acionáveis.

Carolina Cunha explorou as dinâmicas das redes sociais e seu impacto na propagação da desinformação, afirmando que a ciência só é plenamente efetiva quando é comunicada. Ela mencionou a produção científica no Brasil, mas destacou a necessidade de jornalistas e comunicadores especializados, além do descompasso entre os tempos da imprensa e da ciência. Carolina alertou que as redes sociais, centradas em modelos de negócios que priorizam a atenção, podem ampliar a desinformação.

“Combater a desinformação é crucial para guiar políticas públicas e decisões sociais, reduzindo os impactos do negacionismo. A integridade da informação pública envolve precisão, transparência, dados acessíveis e ética informacional”, enfatizou.

Ana Cristina Santos encerrou a roda ao enfatizar que a desinformação é um problema público e multidimensional. Ela defendeu que as soluções devem passar pela comunicação, entendida como uma ciência, não apenas uma ferramenta utilitarista.

Ana também ressaltou a importância de entender como as pessoas percebem a ciência, utilizando abordagens como a neurociência, e levando em conta fatores como sotaques regionais e vieses de confirmação.

“A comunicação é fundamental para a vida humana e deve ser central nas estratégias para enfrentar a desinformação”, concluiu Ana Cristina.

Espero que esta versão atenda às suas expectativas!

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