Título: Desmatamento na Amazônia e Cerrado apresenta queda expressiva, indicando avanços nas políticas de conservação
Nos últimos dias, um ventos de esperança sopram sobre as florestas tropicais do Brasil. Dados recentes do sistema Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam uma queda significativa nas taxas de desmatamento na Amazônia e Cerrado. No período de agosto de 2023 a julho de 2024, a Amazônia registrou uma área desmatada de 6.288 km², representando uma redução de 30,63% em comparação ao ciclo anterior. Este é o mais alto percentual de queda observado em 15 anos. Por outro lado, no Cerrado, o desmatamento atingiu 8.174 km², a menor taxa desde 2019, com uma diminuição de 25,7%.
Essa queda no desmatamento é fruto de um conjunto de ações implementadas pelo governo federal, que visam a preservação das florestas e o combate ao desmatamento ilegal. Uma das medidas mais significativas foi a assinatura de um pacto para controlar desmatamentos e incêndios no Cerrado, envolvendo os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí, e Bahia — uma área conhecida como Matopiba. O governo tem como meta alcançar o desmatamento zero em todos os biomas do país até 2030.
Entre as ações de fiscalização, destaca-se o fortalecimento da atuação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Desde janeiro de 2023, o número de autos de infração aplicados pelo Ibama na Amazônia aumentou em 98% em comparação com o período anterior. O Cerrado também mostrou um aumento de 20% ao ano em infrações ambientais registradas.
Os resultados otimistas na Amazônia são ainda mais impressionantes quando se analisa a tendência de queda nos últimos dois anos. Desde 2022, houve uma redução contínua e expressiva de 45,7%, um feito notável considerando que os dados incluem períodos de governos diferentes. Em contrapartida, o estado de Roraima apresenta aumento no desmatamento, com uma elevação de 53,5%, o que evoca preocupações e a necessidade de políticas mais rigorosas para combater práticas nocivas.
Enquanto isso, o Cerrado, que concentra 76,4% do desmatamento na região do Matopiba, viu uma movimentação significativa de ações que resultaram na diminuição de suas taxas de desmatamento. A Bahia, por exemplo, reportou uma redução impressionante de 63,3% na área desmatada.
O governo também tem procurado diversificar sua abordagem, promovendo não apenas a fiscalização, mas também o desenvolvimento sustentável por meio de programas voltados à bioeconomia, agricultura de baixo carbono e recuperação ambiental. Entre as iniciativas estão a criação de unidades de conservação e o fortalecimento de políticas públicas como o Fundo Amazônia, que teve a reativação eficaz para assegurar investimentos destinados à preservação da natureza.
Este cenário, embora otimista, ainda demanda vigilância contínua e ação vigorosa para garantir que os avanços em conservação se sustentem e ampliem ao longo dos anos.
Perguntas e Respostas
-
O que é o Prodes?
- O Prodes é o sistema do INPE que monitora o desmatamento na Amazônia utilizando imagens de satélite de alta resolução, permitindo uma estimativa precisa da área desmatada.
-
Qual foi a taxa de desmatamento na Amazônia para o período mais recente?
- Para o período de agosto de 2023 a julho de 2024, a taxa de desmatamento na Amazônia foi de 6.288 km², o que representa uma redução de 30,63% em relação ao ano anterior.
-
Quais estados apresentaram as maiores reduções no desmatamento?
- Na Amazônia, os maiores avanços foram observados em Rondônia (62,5%), Mato Grosso (45,1%), Amazonas (29%), e Pará (28,4%).
-
Quais iniciativas estão sendo tomadas para combater o desmatamento no Cerrado?
- A assinatura de pactos entre o governo e os estados do Matopiba, a intensificação da fiscalização pelo Ibama, e investimentos em desenvolvimento sustentável são algumas das ações em andamento.
- O que o governo federal visa alcançar até 2030?
- O governo tem como objetivo alcançar o desmatamento zero em todos os biomas do Brasil até 2030, por meio de políticas de proteção ambiental e desenvolvimento sustentável.
