sexta-feira, julho 25, 2025
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Diálogo Brasil-França sobre a biodiversidade na Amazônia destaca a programação da SBPC.

No âmbito da Expot&c, durante a 77ª Reunião Anual da SBPC, ocorreu na quarta-feira, dia 16, a mesa redonda “Ciência em biodiversidade na Amazônia: um diálogo Brasil-França”. Este evento reuniu representantes de instituições científicas de ambos os países para discutir a cooperação internacional relacionada à criação do Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica (CFBBA).

A mesa foi conduzida por Henrique Pereira, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e coordenador brasileiro do CFBBA. O debate contou com a presença de importantes figuras da área científica, incluindo Ricardo Galvão, presidente do CNPq, Sophie Jacquel, conselheira adjunta de cooperação e ação cultural da Embaixada da França no Brasil, Gutemberg de Vilhena Silva, presidente da FAPEAP, Osvaldo Luis Leal de Moraes, diretor do Departamento de Ciências da Natureza do MCTI, e Nadège Mézié, conselheira internacional do CFBBA.

Criação e objetivos do CFBBA

Embora o centro ainda não tenha uma sede física, foi idealizado como uma rede científica binacional destinada à promoção da pesquisa, tanto fundamental quanto aplicada, na Amazônia. O CFBBA iniciou suas atividades no ano passado durante a agenda do G20 em Manaus. A proposta concentra-se especialmente na Guiana Francesa e nos estados brasileiros adjacentes: Amapá, Pará, Roraima e Amazonas.

Os principais eixos temáticos do CFBBA incluem o conhecimento, monitoramento, conservação e organização de coleções da biodiversidade da bacia amazônica; o estudo da cobertura florestal e observação da Terra; mudanças ambientais regionais e sustentabilidade; a contribuição histórica e atual de povos indígenas e comunidades locais para a biodiversidade; as interrelações entre biodiversidade, saúde humana e alimentação; e o papel da bioeconomia na promoção de modos de vida inclusivos e de sistemas alimentares saudáveis.

Importância estratégica da cooperação internacional

Gutemberg de Vilhena, presidente da FAPEAP, ressaltou a necessidade de fortalecer as políticas de aproximação entre Brasil e Guiana Francesa, destacando as particularidades de um centro binacional focado no norte da Amazônia. Ele levantou questões importantes sobre os objetos de pesquisa comuns entre os dois países, o tipo de ciência que se deseja produzir e o impacto dessa produção científica na sociedade amazônica em ambas as margens da fronteira.

Representando o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Osvaldo Luis Leal de Moraes enfatizou que a função do MCTI é facilitar o diálogo e as ações conjuntas na região, dada a complexidade e a relevância do bioma amazônico para os dois países.

Sophie Jacquel, conselheira da Embaixada, destacou o enorme potencial da Amazônia e a importância do centro como um instrumento de cooperação internacional em ciência. Ricardo Galvão, presidente do CNPq, expressou otimismo em relação à consolidação do projeto, falando sobre a expectativa de contar com equipes robustas para enfrentar os desafios científicos. Nadège Mézié também reiterou a relevância estratégica do CFBBA para o fortalecimento da cooperação científica e ambiental entre Brasil e França.

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