As autoridades dos Estados Unidos estão cada vez mais atentas a empresas chinesas, catalogando-as como riscos à segurança nacional. A fabricante de drones DJI, uma das líderes do setor, foi incluída nessa lista e classificada como uma empresa militar da China. Em resposta, a DJI decidiu processar o Departamento de Defesa dos EUA por considerar a inclusão em tal lista como uma injustiça.
DJI, que detém mais de 50% do mercado de drones comerciais nos EUA, divulgou um comunicado afirmando que não coleta dados para serem enviados ao exército chinês e que os operadores de seus drones devem consentir antes de compartilhar qualquer informação. Apesar disso, o Departamento de Defesa ignorou essa declaração e manteve a inclusão da empresa na lista, o que levou a DJI a entrar com uma ação legal, alegando que a decisão causou danos financeiros significativos à companhia.
Segundo a DJI, sua reputação foi prejudicada e a empresa perdeu diversos contratos com clientes, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior, que interromperam suas relações comerciais. O impacto afetou sua receita e levou a um estigma que a marca como uma ameaça à segurança nacional.
A empresa também destacou que a falta de diálogo com o governo americano, que se arrastou por mais de 16 meses, a obrigou a recorrer à justiça. O governo americano tem acelerado a restrição de empresas chinesas, acreditando que tais vínculos fortalecem o potencial militar de Pequim, colocando em risco a sobrevivência de muitas empresas.
Vale lembrar que em maio, a fabricante de LiDAR, Hesai, também processou o Pentágono por sua designação como empresa militar chinesa. Embora Hesai tenha sido retirada da lista, o Departamento de Defesa indicou que pretende reincluí-la no futuro, por acreditar que a empresa ainda representa um risco à segurança nacional.
