O empresário e inovador Elon Musk, conhecido por suas empresas revolucionárias como Tesla e SpaceX, mais uma vez surpreendeu o setor tecnológico ao contornar as limitações de fornecimento de eletricidade utilizando potentes geradores de energia móveis em seu novíssimo centro de dados voltado para Inteligência Artificial (IA). Este centro, denominado Memphis Supercluster, já está em funcionamento e reflete uma estratégia audaciosa para enfrentar a crescente demanda energética desses polos de dados.
O Memphis Supercluster apresenta uma frota impressionante de 100.000 GPUs H100, todas refrigeradas a líquido, o que naturalmente resulta em um alto consumo de energia. Com o desafio de alimentar todas essas GPUs simultaneamente, que juntas necessitariam de mais de 70 megawatts, Musk optou por uma solução inconvencional e criativa: a instalação de 14 geradores móveis de grande capacidade da VoltaGrid. Essa decisão temporária serve como uma ponte enquanto negociações com as companhias de energia locais para ampliar o fornecimento de eletricidade são concluídas.
As subestações que atenderão as demandas de energia do centro de dados ainda estão em construção e devem ser finalizadas somente após o segundo semestre de 2024. Na ausência de infraestrutura convencional, Musk recorreu a equipamentos móveis que juntos podem gerar impressionantes 35 MW de energia. Com a adição dos 8 MW já disponíveis pela rede elétrica existente, a instalação tem uma capacidade provisória de 43 MW – suficiente para rodar 32.000 das GPUs H100 respeitando certos limites de energia.
Após a implementação de 50 MW prometidos pela Tennessee Valley Authority (TVA), que está pendente de um acordo e deverá estar disponível até o começo de agosto, o centro poderá aumentar a operação para algo em torno de 64.000 GPUs. Para alcançar a plena capacidade de 100.000 GPUs H100, será imperativo que a subestação exclusiva do projeto esteja operacional, algo que pode requerer mais geradores móveis ou uma aceleração dos trabalhos na infraestrutura.
Ao mesmo tempo em que essa solução mostra agilidade e inovação para superar obstáculos do fornecimento de energia, ela acende um debate a respeito do impato ambiental de centros de dados de IA, que são veradeiros colossos em consumo de energia. Embora os geradores móveis utilizem gás natural, alternativa menos poluente do que carvão ou petróleo, a emissão de carbono ainda é um fator a ser considerado. Com a recente notícia de que o Google viu sua pegada de carbono aumentar significativamente devido às instalações de data centers, fica claro que o uso desses geradores por parte da xAI, empresa de Musk, possa ser apenas uma medida temporária até a transição para fontes de energia mais sustentáveis.
Enquanto isso, as expectativas permanecem altas em relação ao Memphis Supercluster e ao seu papel no avanço da pesquisa e desenvolvimento em Inteligência Artificial sob a batuta de Elon Musk. Observadores do setor aguardam ansiosamente pelos próximos passos e possíveis inovações que podem emergir desta situação inusitada.
Para mais atualizações sobre tecnologia, inteligência artificial e estratégias energéticas visionárias, continue acompanhando o TecMania.
