O Porto de Vila do Conde, no Pará, se estabeleceu como o principal terminal da Região Norte durante o primeiro semestre de 2025. Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) indicam que o porto movimentou 9,5 milhões de toneladas, liderando um total regional de 29 milhões de toneladas transportadas no período.
Na sequência, destacam-se os terminais de Santarém (7,2 milhões de toneladas), Santana (1,8 milhões de toneladas), Belém (1,4 milhões de toneladas) e Porto Velho (1,2 milhões de toneladas). A localização estratégica desses portos é essencial para o escoamento de produtos agrícolas, minerais e industriais, ligando a produção local a mercados nacionais e internacionais.
O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, ressaltou a relevância dos resultados, que evidenciam a força e o papel estratégico da Região Norte. Ele afirmou que os números refletem avanços na eficiência logística e competitividade do setor, com esforços para fortalecer o agronegócio e outros segmentos econômicos por meio de tais rotas.
Entre janeiro e junho, a soja destacou-se como a mercadoria mais movimentada, com 7,7 milhões de toneladas, representando 36,5% do total e um crescimento de 11,39% em comparação ao mesmo período de 2024. Outros produtos significativos incluem químicos e adubos (2,6 milhões de toneladas cada), além de bauxita (2,1 milhões de toneladas) e petróleo e derivados (1,2 milhões de toneladas).
A movimentação de contêineres também cresceu expressivamente, passando de 5,58 milhões para 5,94 milhões de toneladas entre os primeiros semestres de 2024 e 2025, impulsionada por melhorias logísticas.
Além disso, as importações aumentaram 14,67% no semestre, refletindo a localização estratégica da Região Norte, próxima ao Arco Norte, que oferece uma rota competitiva para a Europa, Estados Unidos e Ásia, servindo como uma alternativa eficiente aos portos do Sudeste e Sul do país.
Com investimentos superiores a R$3 bilhões, a Região Norte será a principal beneficiada pelo novo pacote do Governo Federal para implantação e ampliação de Terminais de Uso Privado (TUPs). Serão cinco empreendimentos em Pará e Amapá, focados na modernização e ampliação da capacidade portuária, atendendo à crescente demanda por granéis sólidos e líquidos, dentro do perfil exportador da região.
Os resultados do primeiro semestre solidificam os portos da região como um eixo logístico fundamental, contribuindo para a diversificação das rotas de exportação do Brasil e aumentando a competitividade do agronegócio e da indústria nacional nos mercados internacionais.
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