Brasília (DF), 10/7/2025 – O planejamento, deslocamento e atividades em campo são os pilares da Operação Atlas, um treinamento conjunto das Forças Armadas na região Amazônica. Na manhã desta sexta-feira (10), o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, realizou uma visita técnica à Escola Superior de Defesa (ESD), em Brasília, onde se desenvolve a primeira fase do exercício. Presentes estavam os comandantes das Forças Armadas e diversas autoridades civis e militares.
O Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), Almirante Renato Rodrigues de Aguiar Freire, deu início à apresentação. Em seguida, o Chefe de Operações Conjuntas do EMCFA, Tenente-Brigadeiro Walcyr Josué de Castilho Araujo, e o Chefe de Logística e Mobilização do Ministério da Defesa, General Marcelo Arantes Guedon, detalharam as estratégias para as próximas etapas da Operação, que incluem o Deslocamento Estratégico e a Execução em Terreno.
Durante a apresentação, foram explicados os procedimentos logísticos para transporte de tropas e equipamentos de várias regiões do país rumo à Amazônia. As autoridades enfatizaram a complexidade da operação e a importância da cooperação entre as Forças Armadas para a eficácia das atividades planejadas.
O Plano Operacional prevê a participação de aproximadamente 8.600 militares e 1.200 meios operativos no "Teatro de Operações", abrangendo cerca de 2.000 km². A Marinha contará com 4.619 militares, 46 embarcações, 247 meios de Fuzileiros Navais, incluindo viaturas blindadas, e 12 helicópteros. O Exército disponibilizará 3.607 militares, 434 viaturas, 40 blindados e 7 helicópteros. Já a Força Aérea reunirá 410 militares, 21 aeronaves e 3 satélites.
O Ministro José Mucio destacou que as Forças Armadas estão permanentemente comprometidas em aprimorar a prontidão das tropas, assegurando a defesa e a soberania do Brasil. "A Operação Atlas integra o ciclo de exercícios do Ministério da Defesa, focando na melhoria do deslocamento estratégico e na integração entre Marinha, Exército e Aeronáutica na Amazônia, que representa nosso maior desafio territorial. Esta operação, em particular, terá uma função dupla: além do treinamento, os militares apoiarão as atividades da COP30 no Pará", afirmou.
Na fase de Planejamento Operacional, que ocorreu de 30 de junho a 11 de julho, foram mapeados os deslocamentos de meios e pessoal das Forças, que partirão de diversos pontos do Brasil, utilizando transporte marítimo, fluvial, terrestre e aéreo até a Amazônia, nos estados do Pará, Amapá, Roraima e Amazonas.
As fases seguintes – Deslocamento Estratégico e Execução em Terreno – estão programadas para ocorrer de 27 de setembro a 11 de outubro. Durante esse período, serão realizadas ações táticas para demonstrar a interoperabilidade entre as Forças e a capacidade de mover um grande contingente de tropas e equipamentos por todo o território brasileiro, gerenciados a partir de um Sistema de Coordenação de Comando e Controle.
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