A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, esteve presente nesta sexta-feira (29) na conferência de encerramento do III Simpósio sobre Feminicídios, realizado na Universidade Estadual de Londrina (UEL). O evento, que se estendeu por três dias, contou com a participação de pesquisadoras, gestoras públicas, representantes do sistema de Justiça e organizações da sociedade civil, reunindo 46 instituições de 17 estados brasileiros.
Intitulado “O Estado e a Vida das Mulheres: Entre a Prevenção do Feminicídio e a Construção de Igualdade”, o simpósio promoveu reflexões sobre o feminicídio, um crime que, em 2024, resultou em uma média de quatro mortes de mulheres por dia no Brasil. A ministra destacou os avanços do país na consolidação de marcos legais, como a Lei Maria da Penha, que completou 19 anos. “Quem cuida das mulheres, cuida da sociedade”, enfatizou, lembrando que o Brasil possui 110 milhões de mulheres, representando mais de 50% da população em todos os estados.
A reitora da UEL, professora Marta Favaro, elogiou o trabalho da ministra e das mulheres presentes, ressaltando a importância da mobilização coletiva em torno da causa. “É essa energia que dá visibilidade ao compromisso com a causa das mulheres”, afirmou.
Durante sua fala, a ministra também mencionou sua agenda de conferências estaduais sobre políticas para as mulheres, que inclui eventos em Amapá, Minas Gerais e Pará. Esses encontros são preparatórios para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), que ocorrerá em Brasília, reunindo delegadas de todo o país para discutir diretrizes e políticas públicas voltadas à igualdade de gênero e ao fortalecimento da democracia.
Estiveram presentes na cerimônia de encerramento a deputada federal Lenir de Assis (PT), a coordenadora do Laboratório de Estudos sobre Feminicídios (Lesfem), professora Silvana Mariano, a ex-vereadora Elza Correia, entre outras autoridades e lideranças do Paraná.
Em complemento ao simpósio, a agenda da ministra em Londrina incluiu um encontro com mulheres do movimento de parteiras tradicionais do Brasil, reforçando o reconhecimento do trabalho dessas profissionais como parte fundamental das políticas de cuidados e dos direitos das mulheres brasileiras.
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