segunda-feira, janeiro 13, 2025
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Encerramento da Campanha ‘Estou Aqui’: Reflexões e Conscientização sobre o Combate ao Capacitismo

Encerramento da Campanha "Estou Aqui": Reflexões e Conscientização sobre o Capacitismo

Nesta terça-feira, 17 de dezembro, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) finalizou a campanha virtual "Estou Aqui", uma iniciativa que promoveu discussões e reflexões acerca do capacitismo, termo que define a discriminação contra pessoas com deficiência. Laçada no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, em 3 de dezembro, a campanha foi uma oportunidade para que indivíduos com deficiência pudessem compartilhar suas histórias, destacando a invisibilidade e o preconceito que enfrentam diariamente.

Durante duas semanas, influenciadores digitais, como Lorrane Silva, conhecida como Pequena Lô, engajaram-se na causa ao relatar suas experiências. Em um dos relatos impactantes, Lorrane relembra uma situação onde um taxista surpresa com sua capacidade de orientação insinuou que, por ser uma pessoa com deficiência, sua inteligência era algo fora do comum. “A invisibilidade é o retrato do capacitismo”, afirma Lorrane, ao enfatizar que as pessoas com deficiência são frequentemente vistas como incapazes de liderar vidas plenas, educadas e socialmente ativas.

A campanha, organizada pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD), não se limitou apenas a compartilhar experiências, mas também buscou promover uma mudança na linguagem e na percepção social. O uso correto do termo "pessoa com deficiência", conforme estabelecido pela Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, foi um dos pilares do movimento, buscando combater expressões pejorativas que historicamente desumanizam essa população.

O capacitismo não se manifesta apenas na linguagem, mas também em atitudes, como a falta de acessibilidade e inclusão em diferentes esferas da vida social. Com aproximadamente 18,6 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, representando cerca de 9% da população, as estatísticas revelam um cenário preocupante: apenas 25,6% concluem o ensino médio e apenas 29% estão inseridos no mercado de trabalho, em comparação a 66% da população sem deficiência.

Durante a campanha, o MDHC aclamou a importância de um diálogo aberto e respeitoso sobre a inclusão social. Influenciadores de diversas áreas, educadores e ativistas se uniram para combater o capacitismo, esclarecendo que simples atos de respeito, como se posicionar na altura da pessoa que usa cadeira de rodas ao conversar, podem fazer uma grande diferença no combate à discriminação legítima.

Além de promover reflexões, a campanha também incentivou a população a denunciar práticas capacitistas. O Disque 100 (Disque Direitos Humanos) está disponível para receber relatos de violação dos direitos humanos, garantindo que os casos sejam tratados com a responsabilidade que merecem.

Por meio de iniciativas como “Estou Aqui”, o MDHC espera não apenas criar consciência, mas também fomentar ações concretas que resultem em políticas públicas eficazes que atenuem a invisibilidade das pessoas com deficiência e promovam uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

Perguntas Frequentes sobre Capacitismo e a Campanha "Estou Aqui"

  1. O que é capacitismo?

    • Capacitismo é a discriminação ou preconceito contra pessoas com deficiência, manifestando-se através de atitudes, linguagem ou a falta de acessibilidade e inclusão.
  2. Qual é o objetivo da campanha "Estou Aqui"?

    • A campanha visa aumentar a conscientização sobre o capacitismo, promovendo a reflexão sobre a invisibilidade das pessoas com deficiência e encorajando a sociedade a adotar uma postura mais inclusiva.
  3. Como as pessoas podem combater o capacitismo no dia a dia?

    • Pequenas ações, como se comunicar diretamente com a pessoa com deficiência, respeitar seu espaço pessoal e promover acessibilidade são maneiras eficazes de combater o capacitismo.
  4. Qual a importância de usar o termo "pessoa com deficiência"?

    • O uso do termo “pessoa com deficiência” é crucial para combater o capacitismo e promover uma visão mais respeitosa e digna das capacidades individuais, conforme estabelecido pela comunidade internacional.
  5. Como posso denunciar práticas capacitistas?
    • Práticas capacitistas podem ser denunciadas através do Disque 100 ou pelas plataformas do Ministério dos Direitos Humanos, que garantem anonimato e acompanhamento do processo de denúncia.

Fonte
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