MWC 2025: Xiaomi e Realme Introduzem Lentes Removíveis para Celulares, Rivalizando com Câmeras DSLR
Na primeira semana de março, Barcelona se tornou o epicentro da inovação tecnológica com a realização da MWC 2025. O evento deste ano trouxe avanços impressionantes, destacando-se as propostas da Xiaomi e da Realme para o uso de lentes removíveis em smartphones, uma iniciativa que visa rivalizar com as câmeras DSLR.
Xiaomi e seu Sistema Óptico Modular
A Xiaomi apresentou o "Sistema Óptico Modular", uma solução que permite a conexão de lentes removíveis ao celular, através de conectores magnéticos. No modelo adaptado do Xiaomi 15, a fabricante demonstrou uma lente de 35 mm, com uma abertura de f/1.4 e um sensor Light Fusion X de 100 MP. A tecnologia, chamada LaserLink, possibilita a transmissão de dados ópticos em alta velocidade, garantindo que a lente receba energia da bateria do celular.
Os usuários poderão aproveitar essa tecnologia imediata, com um funcionamento "plug and play". Assim que a lente é conectada, ela é reconhecida pelo aplicativo de câmera nativo, permitindo uma experiência de fotografia mais robusta e prática.
A Inovação da Realme com o Realme Ultra
Por sua vez, a Realme lançou seu conceito com o modelo "realme Ultra", que apresenta um módulo de câmeras circular. Ele permite a instalação de adaptações para acoplar lentes externas, incluindo uma lente de retrato de 73 mm com zoom de 3x e uma telefoto de 234 mm com zoom de 10x. A Realme se destacou ao oferecer a montagem no padrão M-Mount, o que possibilita o uso de lentes profissionais de câmeras DSLR com seu smartphone.
Essa abordagem administra uma experiência fotográfica mais similar à de câmeras profissionais, com foco manual e a possibilidade de usar lentes já disponíveis para fotógrafos. Entretanto, a Realme precisará otimizar seu software de câmera para garantir compatibilidade com as diversas lentes não desenvolvidas por eles.
Comparando as Duas Soluções
Embora ambas as inovações possam parecer semelhantes, elas diferem em abordagem e implementação. A Xiaomi utiliza um sensor incorporado na lente que opera de forma independente e exige conexão elétrica e de dados através do LaserLink. Já o sistema da Realme é um complemento às capacidades já existentes do smartphone, acoplando-se ao hardware do celular.
Outro ponto relevante é a posição dos módulos: enquanto a Xiaomi centraliza os pinos magnéticos, a Realme opta por colocá-los no topo do dispositivo, um detalhe que pode influenciar a ergonomia do uso. A Realme claramente oferece maior flexibilidade ao fotógrafo, mas a Xiaomi apresenta a vantagem do desenvolvimento contínuo e da possibilidade de integrar outros módulos à sua tecnologia.
O Futuro da Fotografia Móvel
Essas inovações representam um passo significativo em direção à revolução da fotografia móvel, com grandes promessas para o futuro dos smartphones como substitutos de câmeras profissionais. No entanto, esses conceitos ainda são protótipos, e a viabilidade de sua transformação em produtos de mercado dependerá da resposta do público e das decisões estratégicas das empresas.
A MWC 2025, portanto, não apenas apresentou uma competição saudável entre duas gigantes da tecnologia, mas também estabeleceu o tom para uma nova era de smartphones, onde a fotografia se destaca como um recurso fundamental. A disputa entre a Xiaomi e a Realme poderá resultar em benefícios diretos para os consumidores, que passarão a contar com opções de fotografia mais avançadas em seus dispositivos móveis.
E você, que conceito acha mais promissor? As soluções da Xiaomi ou da Realme têm potencial para transformar o mercado de câmeras de celular? Participe da discussão!