Estudo aponta que 18,9% das pessoas com Covid-19 relatam sintomas persistentes
Um estudo recente apresentado pelo Ministério da Saúde revelou que 18,9% das pessoas que contraíram Covid-19 continuam a relatar sintomas persistentes, conhecidos como condições pós-covid. Os dados foram coletados no inquérito nacional “Epicovid 2.0”, que avaliou o impacto da pandemia na população brasileira.
Entre os principais sintomas persistentes, destacam-se a ansiedade (33,1%), cansaço (25,9%), dificuldade de concentração (16,9%) e perda de memória (12,7%). Os resultados indicam que os efeitos da pandemia na saúde mental e física das pessoas são severos e duradouros, prejudicando especialmente mulheres e indígenas, grupos que apresentaram percentuais mais elevados de complicações.
Este estudo, considerado o maior de base populacional sobre a pandemia no Brasil, realizou 33.250 entrevistas em 133 cidades e se propõe a mapear não apenas a incidência da Covid-19, mas também os impactos socioeconômicos e psicológicos enfrentados pela população. Os dados foram colhidos a partir de uma amostra aleatória, garantindo representatividade e precisão nas informações.
De acordo com as informações obtidas, cerca de 90,2% dos entrevistados disseram ter recebido pelo menos uma dose da vacina contra Covid-19, com 84,6% completando o esquema vacinal. A adesão à vacinação foi maior entre pessoas com educação e renda mais elevadas, especialmente na região Sudeste do Brasil.
No entanto, a pesquisa também expôs a desconfiança sobre a eficácia das vacinas, com 27,3% da população expressando ceticismo em relação a informações sobre o imunizante. Entre os não vacinados, 32,4% alegaram não acreditar na vacina, e 31% mencionaram preocupações com possíveis efeitos colaterais.
Outro aspecto alarmante ressaltado pelo estudo foi o impacto econômico que a pandemia gerou nas famílias brasileiras. Aproximadamente 15% dos entrevistados relataram ter perdido um familiar devido à Covid-19, enquanto quase 50% enfrentaram redução na renda, o que resultou em insegurança alimentar para 47,4% da população. A interrupção dos estudos foi mencionada por 21,5% dos participantes.
O “Epicovid 2.0” se constitui como um importante recurso de avaliação dos efeitos da pandemia, não só na saúde física, mas também no bem-estar emocional e nas condições de vida dos brasileiros. A pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Pelotas em parceria com outras instituições de renome, sob a supervisão do Ministério da Saúde.
Perguntas Frequentes
1. O que é o estudo Epicovid 2.0?
O Epicovid 2.0 é um inquérito nacional que busca avaliar a real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil, incluindo infecções, vacinação e condições de saúde pós-covid.
2. Quais são os principais sintomas persistentes relatados por pessoas que tiveram Covid-19?
Os sintomas mais comuns incluem ansiedade (33,1%), cansaço (25,9%), dificuldade de concentração (16,9%) e perda de memória (12,7%).
3. Qual a taxa de vacinação entre os entrevistados?
Cerca de 90,2% dos entrevistados afirmaram ter recebido pelo menos uma dose da vacina, e 84,6% completaram o esquema vacinal.
4. Como a pandemia afetou a economia das famílias brasileiras?
O estudo revelou que 48,6% dos entrevistados sofreram redução de renda, e quase 15% relataram a morte de um familiar devido à Covid-19, impactando a segurança alimentar e o emprego.
5. O que a pesquisa indica sobre a confiança nas vacinas?
Embora a maioria (57,6%) confie na vacina, 27,3% expressam desconfiança sobre as informações disponíveis, refletindo desafios em relação à desinformação e hesitação vacinal.