O Ministério da Fazenda promoveu nesta quinta-feira (28), no Rio de Janeiro, o evento intitulado “Novo Brasil: Dois anos de Transformação Ecológica Rumo à COP30”, na programação da Rio Climate Action Week (RCAW). O encontro celebrou a implementação do Novo Brasil – Plano de Transformação Ecológica, destacando o lançamento do Painel de Monitoramento, uma plataforma de transparência criada em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV/DGPE), que monitora as 250 ações do plano, das quais mais de 150 já foram executadas.
Durante o evento, autoridades do Governo Federal, representantes do setor privado, academia e sociedade civil discutiram as propostas globais do plano, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) e a coalizão dos mercados de carbono, em preparação para a COP 30 em Belém, em novembro. O primeiro painel abordou os dois anos de transformação econômica em prol de um desenvolvimento justo e sustentável, com balanços institucionais e inovações financeiras apresentadas.
Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, ressaltou que o Plano se consolidou como a principal agenda de desenvolvimento sustentável do Brasil, estabelecendo metas de duplicar a renda per capita até 2050 e aumentar em 10% até 2026. Ele destacou uma meta de reduzir o índice de Gini para menos de 0,5 até 2026, com a expectativa de alcançar um índice abaixo de 0,4 até 2050.
Em relação às emissões de gases de efeito estufa, Dubeux se mostrou confiante de que o Brasil poderá não apenas cumprir suas metas, mas também atingir um cenário de emissões líquidas zero até 2050, impulsionado pelo uso de biocombustíveis e a diminuição do desmatamento.
O segundo painel discutiu as contribuições do Novo Brasil para as ambições climáticas globais, contando com lideranças femininas que abordaram a importância do papel das mulheres na governança climática. Carolina Grottera, diretora de Programa do Ministério da Fazenda, enfatizou inovações no Plano e apresentou propostas para a COP 30, focando em resultados concretos e soluções que não dependam necessariamente de consenso diplomático.
O evento também anunciou o Painel de Monitoramento, que permitirá a divulgação em tempo real dos avanços do Novo Brasil, promovendo a transparência e o controle social sobre as ações monitoradas. Participaram do encontro a secretária de Assuntos Internacionais, Tatiana Rosito, e Ana Toni, diretora-executiva da COP30, que reiteraram a relevância do Plano para os debates climáticos.
Novidades em finanças sustentáveis foram apresentadas, incluindo emissões de títulos soberanos sustentáveis e o Fundo Clima, que promete captação de recursos significativos para descarbonização e inovações. O programa também abordou a reforma tributária e a regulamentação de logística reversa como parte das iniciativas para uma economia circular e a adaptação às mudanças climáticas.
A urbanização de favelas e o saneamento urbano também foram temas abordados, com recursos significativos alocados para iniciativas de infraestrutura verde. A ênfase no fortalecimento das capacidades locais e a cooperação internacional se destacaram como pilares fundamentais na construção de um futuro sustentável.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.
