Duas servidoras do INSS são presas durante operação na Bahia
Na manhã desta terça-feira, 3 de dezembro de 2024, duas servidoras do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram presas preventivamente em uma operação denominada "De Volta para o Futuro", realizada na Bahia. A ação conjunta da Polícia Federal e da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP) resultou também na prisão de outras duas pessoas e no cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, Itaberaba e Feira de Santana.
As investigações começaram há aproximadamente seis meses, quando irregularidades na concessão de benefícios previdenciários, incluindo aposentadorias urbanas e rurais, foram detectadas. De acordo com a apuração, as servidoras do INSS teriam inserido informações falsas no sistema, como vínculos trabalhistas inexistentes, e realizado concessões sem a apresentação dos documentos exigidos.
Os investigadores descobriram que havia a participação de intermediários e até mesmo parentes das servidoras nas fraudes. Entre as ações ilegais, estava a retroação das datas de requerimentos para gerar valores altos em retroativos, além da duplicidade de pagamentos, com os valores sendo rateados entre os membros do esquema.
O prejuízo estimado aos cofres públicos já ultrapassa R$ 9 milhões, e a economia projetada, com a desarticulação do grupo, é de mais de R$ 24 milhões, valores que poderiam ter sido pagos se as fraudes não fossem detectadas.
Desde sua criação, há 24 anos, a Força-Tarefa Previdenciária atua no combate a crimes estruturados que ameaçam o sistema previdenciário brasileiro. A identificação e análise de indícios de fraudes organizadas são algumas das responsabilidades da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social.
Perguntas Frequentes
1. Quais foram os motivos das prisões das servidoras do INSS?
As servidoras foram presas por envolvimento em um esquema fraudulento que concedia benefícios previdenciários com informações falsas, o que resultou em um prejuízo estimado de mais de R$ 9 milhões aos cofres públicos.
2. O que a operação "De Volta para o Futuro" investigou?
A operação investigou a concessão irregular de aposentadorias e outros benefícios previdenciários, onde foram identificados vínculos trabalhistas inexistentes e pagamentos duplicados inseridos no sistema do INSS.
3. Qual o papel da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social?
A CGINP é responsável por detectar e analisar indícios de crimes e fraudes organizadas contra o sistema previdenciário, trabalhando em parceria com o Ministério da Previdência Social e a Polícia Federal.
4. Qual é a economia projetada com a desarticulação do grupo?
A economia projetada, caso as fraudes não tivessem sido detectadas, é superior a R$ 24 milhões, representando os valores que não seriam pagos devido à identificação das irregularidades.
5. Como as pessoas podem se proteger de fraudes relacionadas ao INSS?
Os cidadãos podem se proteger mantendo documentos atualizados e verificando regularmente a situação de seus benefícios previdenciários, além de denunciar qualquer suspeita de fraude ao INSS ou à Polícia Federal.