Força Nacional do SUS realizou mais de 2,4 mil atendimentos a repatriados do Líbano
A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) concluiu com sucesso uma significativa operação de acolhimento aos cidadãos brasileiros repatriados do Líbano, um país que tem enfrentado intenso conflito. Entre 6 de outubro e 5 de dezembro, as equipes de saúde realizaram mais de 2.400 atendimentos, entre eles 1.815 psicossociais e 627 assistenciais, na Base Aérea de Guarulhos, em São Paulo. A operação, intitulada "Raízes do Cedro", destacou o papel humanitário do SUS em crises internacionais.
Com uma equipe formada por 169 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, tradutores e psicólogos, a FN-SUS esteve preparada para oferecer assistência desde a recepção dos repatriados. Renato Santos, enfermeiro da FN-SUS, ressaltou a importância da missão: “Essa operação é uma resposta exemplar do SUS em situações de crise internacional.” As tendas montadas no local foram equipadas para primeiros socorros, além de oferecer áreas de lazer e espaços destinados à oração, respeitando as tradições culturais dos repatriados.
O treinamento prévio da equipe foi essencial para garantir um atendimento eficaz e acolhedor. Segundo Amanda Dantas, coordenadora da missão, um manual sobre costumes culturais foi distribuído aos profissionais para que pudessem respeitar as particularidades de cada repatriado. “Um acolhimento humanizado requer respeito à cultura e particularidades de cada pessoa, pilares do SUS, como equidade e integralidade”, explicou.
A operação teve uma abordagem estruturada: uma equipe focou na recepção em idiomas nativos dos repatriados, enquanto outras estavam preparadas para emergências médicas e apoio psicossocial. Informações sobre a condição física e emocional dos passageiros eram coletadas antes do desembarque, permitindo um atendimento mais direcionado.
Histórias emocionantes surgiram durante este processo, como a de Rabiha Taha, uma das repatriadas, que expressou alívio ao receber um atendimento respeitoso e gentil. Outro relato comovente foi o de Mariam Nagi Deghaidi, uma técnica de enfermagem que, após ser repatriada, se tornou voluntária, retribuindo o apoio que recebeu.
O trabalho da FN-SUS foi parte da Operação Raízes do Cedro, organizada pelo governo brasileiro em resposta ao agravamento da crise no Líbano. Coordenada pelo Itamaraty, a operação contou com o suporte da Força Aérea Brasileira e da embaixada brasileira em Beirute.
Os resultados dessa operação evidenciam o compromisso do SUS não apenas com a saúde pública, mas também com a dignidade e os direitos humanos dos migrantes. A atuação da FN-SUS representa um importante modelo de resposta humanitária, reforçando a importância do acolhimento e assistência a brasileiros em situação de crise.
Principais perguntas e respostas sobre a operação:
-
Quantos atendimentos foram realizados pela Força Nacional do SUS?
A FN-SUS realizou um total de 2.442 atendimentos, sendo 1.815 psicossociais e 627 assistenciais. -
Qual era a estrutura disponibilizada na Base Aérea de Guarulhos?
A base contava com tendas equipadas para primeiros socorros, áreas de lazer, brinquedoteca e espaços para oração, respeitando as práticas culturais dos repatriados. -
Quem compunha a equipe da FN-SUS?
A equipe era formada por 169 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, tradutores e psicólogos, todos preparados para oferecer atendimento humanizado. -
Qual foi o foco da missão da FN-SUS?
O foco estava na preservação da dignidade e dos direitos humanos dos repatriados, proporcionando um acolhimento sensível e respeitoso. - Como foi o treinamento da equipe envolvida na operação?
A equipe passou por treinamentos presenciais e online, além de receber um manual sobre costumes culturais para garantir um atendimento adequado às particularidades dos repatriados.