A Teia Estadual de Pontos de Cultura de Goiás teve início nesta quinta-feira (4) em Inhumas, marcando a abertura das etapas preparatórias para a 6ª Teia Nacional, programada para março de 2026 no Espírito Santo. O evento, que se estende até domingo (7), conta com uma variada programação que inclui atividades artísticas, oficinas, formações, rodas de conversa e uma feira de economia criativa.
Durante a cerimônia de abertura, a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Márcia Rolemberg, destacou a relevância da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV) no reconhecimento dos grupos culturais comunitários. Ela ressaltou também a importância da colaboração entre a rede goiana e a participação da sociedade civil, assim como dos governos federal, estadual e municipal.
“A Cultura Viva é uma política pública poderosa, mas que ainda precisa ser universalizada. Queremos que este conceito alcance todos os cantos do país, reconhecendo diversas manifestações culturais e modos de viver. O nosso sonho é ter uma política de Cultura Viva que se expanda por todo o Brasil”, afirmou Rolemberg.
Em consonância com o tema da 6ª Teia Nacional, que propõe uma reflexão sobre a justiça climática, o encontro em Goiás foi pautado pelo lema “povos, saberes e natureza”. Rolemberg frisou a atualidade do tema ao mencionar a responsabilidade de todos em cuidar do planeta, destacando o papel do Brasil, um país rico em natureza, a ser também reconhecido por suas conquistas em igualdade e inclusão.
A Teia de Goiás foi organizada pelo Pontão de Cultura Associação Amigos das Artes (Amdar), em parceria com coletivos culturais locais e outras entidades da sociedade civil. Integrante de uma rede de 42 Pontões de Cultura apoiados pelo MinC, a associação obteve um edital da Secretaria Estadual de Cultura, financiado por recursos federais por meio da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, para a realização do evento. Antes da etapa estadual, foram organizadas cinco micro teias para mobilizar a rede goiana.
“Somos uma associação composta por mais de 300 artistas e artesãos em Inhumas, que possui uma população de 70 mil habitantes. Estamos entusiasmados em recebê-los e temos uma programação diversificada, com grupos de trabalho, oficinas e atrações artísticas”, declarou Alerheia Martins, representante do Pontão.
As Teias visam celebrar a diversidade cultural, promover a integração dos Pontos de Cultura e servir como um espaço de reflexão e fortalecimento da Cultura Viva. Em Goiás, há 151 Pontos de Cultura reconhecidos em 54 dos 246 municípios. No primeiro ciclo da Aldir Blanc, o estado recebeu mais de R$ 13 milhões do Governo Federal para investir na PNCV.
“O Ministério da Cultura está presente em todos os 246 municípios goianos. Serão eles responsáveis pela implementação da Política Nacional Aldir Blanc nos próximos ciclos. O processo de alinhamento entre município, estado e sociedade civil será crucial para assegurar que esses recursos cheguem a todos. Embora apenas 25 municípios tenham a obrigação de investir na Cultura Viva, muitos outros já se comprometeram a garantir edital para Pontos de Cultura”, explicou Milton Gonçalves, coordenador do escritório do MinC em Goiás.
O secretário de Cultura de Inhumas, Charles Montanini, ressaltou a importância dos Pontos de Cultura para a comunidade. “A cultura é um campo fascinante e desafiador. Agradecemos pelo trabalho bonito que vocês realizam em seus municípios, criando espaços acolhedores para o desenvolvimento de habilidades”, enfatizou.
Nesta sexta-feira (5), destacaram-se na programação o Fórum Estadual dos Pontos de Cultura, que elegeu os delegados para a etapa nacional, e o Encontro de Gestores Municipais de Cultura de Goiás, onde foram esclarecidas dúvidas sobre as políticas do Ministério da Cultura. Além da secretária Márcia, participaram do evento o diretor de Políticas para Trabalhadores da Cultura e da Economia Criativa do MinC, Deryk Vieira Santana, e representantes do Comitê de Cultura de Goiás e da Comissão Nacional de Pontos de Cultura.
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