quarta-feira, janeiro 15, 2025
HomeGovernoGoverno Central alcança superávit primário de R$ 40,8 bilhões em outubro

Governo Central alcança superávit primário de R$ 40,8 bilhões em outubro

Título: Desempenho Fiscal do Governo Central: Superávit em Outubro, Mas Déficit Acumulado em 2024

No encerramento de outubro de 2024, o Governo Central, que inclui o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, apresentou resultados surpreendentes em meio a um cenário fiscal desafiador. Com um superávit primário de R$ 40,811 bilhões no mês, o resultado foi um aumento significativo em comparação ao superávit de R$ 18,124 bilhões registrado no mesmo mês do ano anterior, representando uma alta real de 114,9%. Apesar disso, o acumulado dos dez primeiros meses do ano ainda revela um déficit de R$ 64,376 bilhões, embora tenha havido uma retração real de 18,3% em relação ao déficit de R$ 76,206 bilhões do ano passado.

Os dados foram divulgados na coletiva de imprensa realizada no dia 3 de dezembro de 2024, no Ministério Fazenda em Brasília. Segundo Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, a consistência nas receitas projetadas para novembro oferece esperança para um fechamento fiscal positivo para o ano, afirmando: “Isso é importante, é passo a passo que se recupera o fiscal de um país grande como o nosso.”

Receitas e Despesas

A receita total do governo em outubro de 2024 alcançou R$ 246,076 bilhões, com uma variação real de 10,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano até outubro, a receita total foi de R$ 2,171 trilhões, um crescimento real de 7,6%.

Por outro lado, as despesas totais também mostraram um comportamento misto. Enquanto em outubro, a despesa total caiu 0,7% em comparação a outubro de 2023, totalizando R$ 168,401 bilhões, no acumulado do ano, as despesas aumentaram 5,8%, alcançando R$ 1,820 trilhão. Este paradoxo indica que, embora o gasto tenha diminuído em um mês isolado, o acumulo de despesas ao longo de 2024 continuou a subir.

Desafios e Expectativas Futuras

O déficit acumulado de R$ 64,376 bilhões, que equivale a 1,44% do PIB, sugere que o Brasil ainda enfrenta desafios significativos para equilibrar suas contas. A combinação de despesas crescentes, especialmente em benefícios previdenciários e ações emergenciais, e a necessidade de manter o superávit primário em meses futuros, coloca pressão sobre as estratégias fiscais do governo.

"O processo de recuperação fiscal está em andamento", enfatiza Ceron, referindo-se à capacidade da equipe econômica de lidar com a situação. A expectativa é que a receita líquida para o próximo ano continue a crescente, embora compensações emergenciais, como os R$ 36,7 bilhões não considerados no cálculo do resultado primário, levem em conta o impacto de calamidades naturais e políticas sociais necessárias.

Conclusão

Portanto, enquanto o desempenho fiscal apresenta melhorias notáveis em certos indicadores a curto prazo, a persistência do déficit e as expectativas em relação ao crescimento econômico e à arrecadação serão fundamentais para o futuro fiscal do Brasil.


Perguntas e Respostas sobre o Desempenho Fiscal do Governo Central

  1. Qual foi o superávit primário do Governo Central em outubro?

    • O superávit primário em outubro foi de R$ 40,811 bilhões.
  2. Como se compara o déficit acumulado de 2024 com o ano anterior?

    • O déficit acumulado até outubro de 2024 foi de R$ 64,376 bilhões, uma redução de 18,3% em relação ao déficit de R$ 76,206 bilhões do mesmo período em 2023.
  3. Quais setores influenciaram o aumento da receita em outubro?

    • O aumento da receita foi impulsionado principalmente pelo crescimento das receitas administradas pela Receita Federal, que registraram crescimento real de 14,5%.
  4. Por que as despesas totais subiram no acumulado do ano?

    • As despesas totais aumentaram devido a gastos significativos com benefícios previdenciários e a necessidade de investimentos emergenciais em respostas a calamidades, especialmente no Rio Grande do Sul.
  5. Quais são as previsões para o resultado fiscal em 2024?
    • As previsões indicam um déficit primário de R$ 64,4 bilhões para 2024, mas descontando despesas não contabilizadas para fins de apuração, o déficit efetivo ficaria em R$ 27,7 bilhões, dentro do limite de tolerância estipulado de até R$ 28,8 bilhões.

Fonte

RELATED ARTICLES
- Publicidade -

Most Popular

Recent Comments