A Secretaria-Geral da Presidência da República promoveu, nesta quarta-feira (27), o seminário “COP 30: Espaços de Participação Social”. O evento teve como objetivo apresentar os mecanismos de mobilização da sociedade civil para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, programada para novembro em Belém (PA).
O seminário contou com a participação de representantes do governo federal, movimentos sociais, organizações da sociedade civil e especialistas em climatologia e participação social, visando mobilizar a comunidade em torno do processo preparatório da COP 30. A abertura foi feita pelo ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e pela coordenadora-geral de Mobilização da COP 30, Luciana Abade.
“Este seminário é fundamental para promover a troca de informações, atualizar sobre as ações em andamento e garantir a transparência no processo. A COP no Brasil carrega significados adicionais, visto que somos a maior democracia dos trópicos, com uma forte organização social e under uma administração liderada por Lula. O evento ganha uma representatividade única aqui”, destacou Macêdo.
Luciana Abade ressaltou a nova ênfase na participação social no evento. “Pela primeira vez, a participação da sociedade é um pilar oficial da COP. Este processo já começou, não se limita apenas aos dias de 10 a 21 de novembro. Trata-se de um movimento global contínuo contra as mudanças climáticas e na busca por soluções. O essencial já foi negociado; agora é hora de implementar”, afirmou.
A iniciativa integra os esforços do governo federal para estimular o envolvimento da população na formulação de propostas concretas para a ação climática, reforçando o compromisso com uma governança inclusiva, democrática e representativa.
Durante a abertura do seminário, foi lançada a plataforma Brasil Participativo, que permitirá aos cidadãos contribuírem com soluções para a crise climática, cadastrando propostas. As cinco ideias mais votadas em cada tema serão analisadas por um comitê e poderão ser integradas ao Relatório Final da Sociedade Civil para a COP 30.
A plataforma também possibilita o registro de atividades relacionadas à conferência, que serão exibidas em um mapa de mobilizações da sociedade civil, dando destaque às que receberem maior apoio nos canais oficiais da COP 30.
Além disso, há espaço para ações do Balanço Ético Global Autogestionado, do Fórum Interconselhos e dos fóruns de participação social dos Estados Amazônicos.
“Hoje estamos lançando esse espaço na plataforma da COP 30, com a abertura para o envio de soluções e o registro de atividades. Convidamos todos a participar da COP 30 por meio do Brasil Participativo”, afirmou Carla Bezerra, diretora de Participação Digital e Comunicação em Rede da Secretaria Nacional de Participação Social da Secretaria-Geral.
O ministro acredita que essas novas funcionalidades ampliarão a participação social na COP 30, destacando a importância da construção coletiva.
Na segunda parte do seminário, técnicos do Ministério das Relações Exteriores, da Casa Civil, do Ministério do Meio Ambiente, da Presidência da COP 30 e da Secretaria-Geral apresentaram informações práticas sobre a organização do evento. Foram abordados temas como credenciamento de participantes, estrutura dos Pavilhões Brasil, Agenda de Ação e a atuação dos fóruns de participação social, incluindo o Fórum Interconselhos e os estaduais da Amazônia Legal.
Os espaços físicos disponíveis em Belém durante a conferência também foram discutidos, enfatizando o compromisso com uma COP acessível, diversificada e representativa da pluralidade brasileira.
A importância de dar visibilidade às pautas sociais, ambientais e culturais foi reafirmada ao longo do seminário, com um foco especial em vozes historicamente vulneráveis, como indígenas, comunidades quilombolas, juventudes, populações ribeirinhas da Amazônia e outras comunidades tradicionais.
O seminário foi realizado no auditório do anexo I do Palácio do Planalto e transmitido pelo YouTube.
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