Título: Governo Lança Guia para Uso Saudável de Telas por Crianças e Adolescentes
Na última terça-feira, 11 de março, um importante passo foi dado pelo governo brasileiro ao lançar o “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Usos de Dispositivos Digitais”. Coordenado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom PR), o documento conta com a colaboração de seis ministérios, incluindo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, que busca orientar pais, responsáveis e educadores sobre o uso consciente de tecnologias digitais por crianças e adolescentes.
Durante a apresentação do guia, o secretário-executivo do MDS, Osmar Júnior, enfatizou a relevância do documento frente aos desafios contemporâneos. "Esse é um desafio que o governo assumiu e está dando um passo importante hoje", afirmou, ressaltando a necessidade de uma abordagem responsável das interações digitais na infância e adolescência.
O guia fornece diretrizes fundamentais, como a recomendação de não expor crianças com menos de 2 anos a telas, exceto durante videochamadas com familiares, e a orientação de que crianças menores de 12 anos não devem ter smartphones próprios. Com um olhar especial para a adolescência, a publicação também destaca que o uso de dispositivos deve ser monitorado por familiares ou educadores e que as redes sociais devem ser utilizadas de acordo com a Classificação Indicativa.
Além disso, o documento aborda questões preocupantes como a saúde mental, o cyberbullying e o impacto social causado pela dependência das tecnologias. Observando a realidade nas escolas, a nova Lei nº 15.100/2025 também entra em cena, restringindo o uso de aparelhos eletrônicos em salas de aula, com o objetivo de estimular a interação humana e promover a concentração dos alunos.
Estudantes como Enzo Bessa, de 16 anos, reconheceram os benefícios dessa abordagem, relatando que a proibição de celulares na escola não apenas melhorou seu foco nas aulas, mas também incentivou uma maior convivência familiar fora do ambiente escolar. Os relatos de professores confirmam que tais mudanças têm resultado em um ambiente escolar menos conflitivo e mais propício à aprendizagem.
Simone Delgado, coordenadora do Centro de Ensino Médio 04 de Sobradinho 2, observa que a restrição ao uso das telas tem sido benéfica, permitindo que os alunos "reaprendam a conversar" e se envolvam em atividades que promovam o bem-estar social. O guia e as iniciativas correspondentes almejam transformar a relação das novas gerações com a tecnologia, promovendo um uso equilibrado e seguro que não comprometa o desenvolvimento emocional e social.
A publicação do guia está disponível para download, oferecendo uma rica fonte de informação sobre a gestão do tempo de tela e sua relação com o desenvolvimento das crianças e adolescentes.
Perguntas e Respostas sobre o Uso de Telas por Crianças e Adolescentes
-
Qual é a recomendação para o uso de telas por crianças menores de 2 anos?
- A recomendação é que crianças com menos de 2 anos não tenham exposição a telas, exceto para videochamadas com familiares.
-
As crianças podem ter smartphones próprios?
- O guia orienta que crianças antes dos 12 anos não devem ter smartphones próprios, buscando evitar o uso excessivo e precoce.
-
Como os pais podem ajudar na mediação do uso de telas?
- Os pais devem servir como modelos e referências de comportamento, limitando seu próprio uso de dispositivos e promovendo um diálogo aberto sobre a experiência digital.
-
Quais são as consequências do uso excessivo de telas?
- O uso excessivo pode levar a problemas como impacto na saúde mental, aumento do cyberbullying, e diminuição da interação social e da habilidade de concentração.
- Como a nova lei impacta o uso de celulares nas escolas?
- A nova Lei nº 15.100/2025 proíbe o uso de celulares nas escolas durante aulas e intervalos, visando proteger a saúde e o bem-estar dos estudantes e melhorar o ambiente de aprendizagem.