BRICS 2025: Fortalecimento da Agricultura Sustentável em Foco
Na manhã desta quarta-feira (12), Brasília se tornou o centro das atenções no que diz respeito ao futuro da agricultura global, ao sediar a reunião do Grupo de Trabalho de Agricultura do BRICS 2025. Este encontro, parte da agenda do Brasil à frente do bloco, contou com a presença de importantes representantes governamentais, incluindo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e o secretário-executivo do Ministério da Pesca e Aquicultura, Édipo Araujo.
A cúpula visa discutir ações e políticas para fortalecer o desenvolvimento sustentável da produção agrícola e da agricultura familiar entre os países membros — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Paulo Teixeira sublinhou a importância da colaboração entre as nações do BRICS para enfrentar os desafios globais na produção de alimentos. “Defendemos que o BRICS aprofunde o diálogo sobre políticas públicas para agricultura familiar, compartilhando experiências e ampliando a cooperação com organizações”, afirmou Teixeira.
O Papel Estratégico da Aquicultura
Édipo Araujo trouxe à tona a relevância da pesca e aquicultura como setores estratégicos para a segurança alimentar. “Pretendemos adotar o papel estratégico dos sistemas alimentares aquáticos para a segurança alimentar e nutricional global, além da necessidade de mobilização de recursos para a expansão de projetos nesta área”, declarou.
Integração Comercial e Segurança Alimentar
Cleber de Oliveira Soares, secretário-executivo adjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária, enfatizou a necessidade de estreitar as relações comerciais entre os países do bloco. Ele destacou que uma aproximação pode resultar em tratamentos comerciais mais eficazes e, assim, fortificar a segurança alimentar. “Temos a oportunidade ímpar de sermos maiores do que já somos se fortalecermos nossas relações comerciais”, disse.
Impacto Global da Produção Agrícola do BRICS
Os países do BRICS têm uma preocupação significativa com a produção agrícola mundial, respondendo por 42% da produção global de alimentos e 33% das terras agrícolas do planeta. No Brasil, por exemplo, mais da metade dos 550 milhões de estabelecimentos familiares agrícolas do mundo estão localizados, evidenciando a relevância das práticas de agricultura familiar.
Além disso, alguns membros do BRICS são líderes na produção e exportação de uma variedade de produtos agrícolas, como café, frutas, e diversas culturas importantes como milho e soja.
Próximos Passos
A agenda do BRICS 2025 continua em Brasília até a próxima sexta-feira (14) e abordará questões cruciais como os estoques de alimentos, uma prioridade do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O ministério pretende promover trocas de experiências entre modelos nacionais e regionais para a criação de reservas estratégicas de alimentos.
Perguntas e Respostas Frequentes sobre o BRICS e a Agricultura Sustentável
1. O que é o BRICS?
BRICS é um grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que tem como objetivo promover a cooperação econômica, política e social entre seus membros.
2. Qual o papel do BRICS na produção alimentar mundial?
Os países do BRICS são responsáveis por 42% da produção global de alimentos e desempenham um papel relevante no fornecimento de recursos hídricos e terras agrícolas.
3. Quais são os principais temas discutidos nas reuniões do BRICS 2025?
As reuniões abordam o fortalecimento da agricultura familiar, desenvolvimento sustentável, promoção de sistemas alimentares aquáticos e integração comercial, além de estoques de alimentos.
4. Como a reunião em Brasília pode impactar a agricultura familiar no Brasil?
As discussões visam compartilhar experiências e promover políticas que aumentem a produtividade dos agricultores familiares, reduzindo a penosidade do trabalho e melhorando as condições econômicas.
5. O que foi destacado sobre aquicultura durante a reunião?
Foi enfatizada a necessidade de mobilização de recursos para o desenvolvimento de sistemas alimentares aquáticos, considerados estratégicos para a segurança alimentar e nutricional global.
