Huawei encontra esperança em meio à turbulência das sanções norte-americanas

Executivo da Huawei é sincero sobre sanções dos EUA e seus efeitos

A gigante da tecnologia Huawei, após anos sob despencada de vendas e limitações severas impostas pelas sanções americanas, mostra sinais de resistência e recuperação. Richard Yu Chengdong, executivo sênior da empresa, revelou-se transparente ao comunicar os desafios “incrivelmente difíceis” enfrentados pela companhia.

Após Sanções Americanas, Huawei luta para manter-se no mercado

Em decorrência das restrições comerciais impostas a partir de maio de 2019, quando foi incluída na Lista de Entidades dos EUA, a Huawei experimentou uma severa retração no seu volume de negócios. Sem poder utilizar chipsets da Qualcomm e o Google Mobile Services, a Huawei sofreu uma redução alarmante nas vendas de smartphones – de 240 milhões de unidades em 2019 para 28 milhões em 2022.

Em uma recente entrevista ao vivo, Richard Yu admite que os tempos foram extremos, mencionando a ironia de uma líder em tecnologia 5G ficar sem dispositivos 5G próprios. Este período também afetou gravemente as operações da empresa, inclusive em seu domínio – a tecnologia 5G.

Huawei experimenta crescimento impulsionado por inovações próprias

A situação parece melhorar em 2023 com a Huawei se reerguendo significativamente, apoiada agora por uma cadeia de suprimentos interna capaz de produzir os primeiros telefones 5G da Huawei desde as sanções. A previsão é que a empresa domine o mercado chinês de smartphones em 2023, angariando aproximadamente 19% de partilha neste mercado.

Focando nos produtos nacionais, a companhia tem atraído consumidores chineses que apoiam a crescente cadeia de fornecimento de eletrônicos do país. Yu revela que a Huawei redirecionou suas estratégias para o desenvolvimento interno, investindo bilhões em P&D e ampliando seu patamar em semicondutores, IoT, entre outros.

EUA mantêm postura rígida frente à Huawei

No exterior, o panorama segue desafiador. Recentemente, oito licenças especiais de exportação, incluindo as de gigantes como Intel e Qualcomm, foram revogadas pelo governo Biden, endurecendo ainda mais o cenário para a Huawei. Todavia, a trajetória da empresa nos últimos anos sugere que as restrições americanas já não afetam a Huawei com a mesma intensidade de outrora.

Com este ímpeto, a Huawei pode estar se preparando para um eventual retorno marcante no cenário internacional, contando fundamentalmente com sua rede de abastecimento local. Já em pauta está o lançamento pioneiro do primeiro smartphone dobrável com design triplo, indicando que seu espírito inovador permanece inabalável diante dos obstáculos.

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