sexta-feira, janeiro 17, 2025
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Instalação da Primeira Torre em Floresta de Várzea da Amazônia para Monitoramento de Gases de Efeito Estufa

Inauguração da Primeira Torre de Fluxo em Florestas de Várzea da Amazônia Amplia Monitoramento das Emissões de Gases de Efeito Estufa

Na segunda quinzena de dezembro, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), inaugurou a primeira torre projetada especificamente para monitorar a emissão de gases de efeito estufa em florestas de várzea da Amazônia. Com 48 metros de altura, a Torre de Fluxo do Mamirauá se ergue imponente acima da copa das árvores na Reserva Mamirauá, contribuindo significativamente para pesquisas sobre a dinâmica ambiental e o ecossistema local.

Estrategicamente equipada com sensores de última geração, a torre vai coletar dados que permitirão entender melhor as emissões de gases, principalmente o metano, um dos responsáveis pelo aquecimento global. Segundo Ayan Fleischmann, pesquisador titular do IDSM, “o objetivo da torre é entender o balanço de carbono e a dinâmica de gases de efeito estufa nas florestas de várzea da Amazônia”. Ele esclarece que esta instalação é a primeira do tipo a ser situada em florestas alagadas, que caracterizam os ecossistemas dos grandes rios amazônicos, como o Solimões e o Amazonas.

O local de instalação enfrenta inundações durante metade do ano, onde as águas podem atingir mais de quatro metros de altura em anos com cheias intensas. O planejamento da construção da torre durou mais de um ano, envolvendo desde a escolha do local até a aprovação em comunidades parceiras. A construção, iniciada em agosto, enfrentou desafios climáticos que atrasaram sua conclusão, que ocorreu entre novembro e dezembro.

A Torre de Fluxo do Mamirauá será parte de uma rede global, integrando a Rede FLUXNET-CH4, um banco de dados internacional especializado em ecossistemas de torres de fluxo, além de se somar aos esforços do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

O financiamento do projeto foi realizado pela Fundação Gordon & Betty Moore, que possibilitou a aquisição de instrumentos sofisticados que medem gases como metano, dióxido de carbono, vapor d’água, além de variáveis hidrometeorológicas cruciais para a pesquisa.

Um aspecto inovador e importante do projeto é seu engajamento com a comunidade local. As comunidades ribeirinhas não apenas participaram do processo de construção, mas continuarão envolvidas por meio de iniciativas de educação ambiental. Um plano de trabalho está em desenvolvimento junto à escola da Comunidade São Raimundo do Jarauá, visando educar os jovens sobre temas como clima, hidrologia e mudanças climáticas, com o intuito de fomentar a próxima geração de cientistas da região.

Fleischmann enfatiza que o envolvimento comunitário é um diferencial do projeto: “Queremos levar os alunos para a torre para eles estudarem e, com isso, incentivar sua curiosidade científica”, conclui.

Perguntas e Respostas sobre a Torre de Fluxo do Mamirauá

  1. Qual é o objetivo da Torre de Fluxo do Mamirauá?

    • O objetivo é monitorar as emissões de gases de efeito estufa, especialmente o metano, nas florestas de várzea da Amazônia, contribuindo para o entendimento do balanço de carbono e dinâmicas ambientais.
  2. Onde está localizada a torre e quais são as condições ambientais do local?

    • A torre está situada na Reserva Mamirauá, em áreas de florestas alagadas ao longo dos grandes rios amazônicos, que enfrentam inundações durante metade do ano, com águas que podem atingir mais de quatro metros de altura.
  3. Quem financia a construção e a operação da torre?

    • O projeto é financiado pela Fundação Gordon & Betty Moore, que viabilizou a estrutura e os instrumentos necessários para as medições.
  4. Como a comunidade local está envolvida no projeto?

    • As comunidades locais participaram da construção da torre e continuarão a ser envolvidas através de educações ambientais e projetos com escolas para aumentar o conhecimento sobre questões climáticas.
  5. Quais redes e projetos a torre está integrada?
    • A Torre de Fluxo do Mamirauá faz parte da rede global FLUXNET-CH4 e integra o Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), coordenado pelo INPA, para coletar e compartilhar dados sobre ecossistemas e clima.

Fonte
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