A Intel está implementando cortes significativos em sua força de trabalho na instalação do Gordon Moore Park, afetando 1.300 funcionários que foram notificados formalmente. Esta decisão é parte de um plano mais amplo para reduzir em mais de 15% o número total de trabalhadores da empresa, após um período de perdas financeiras graves. Em Oregon, isso representa mais de 5% da totalidade dos funcionários da Intel, tornando-se um dos maiores desligamentos no estado até hoje.
Além dos cortes obrigatórios, a empresa estima que mais demissões poderão ocorrer, totalizando mais de 3.000 trabalhadores se o plano de redução for totalmente executado. Entre os trabalhadores do Grupo de Vendas e Marketing, as reduções orçamentárias de 35% também podem resultar em perda de postos de trabalho e iniciativas.
A Intel enfrenta desafios financeiros significativos, conforme evidenciado por suas perdas de 1,6 bilhão de dólares, reveladas em sua última conferência trimestral. O atraso na competitividade em inteligência artificial e problemas nas CPUs da 13ª e 14ª gerações têm contribuído para a crise. Para combater a situação, a companhia planeja cortar ativos e interromper projetos. Rumores indicam até que a Qualcomm poderia estar interessada em adquirir parte dos ativos da Intel.
Apesar dessas dificuldades, a Intel deve receber incentivos financeiros substanciais do CHIPS Act, incluindo 8,5 bilhões de dólares até o final deste ano, além de 3 bilhões para o desenvolvimento do Secure Enclave, com o objetivo de fornecer novos chips ao Pentágono. Embora a Intel esteja atrás de concorrentes como Nvidia e AMD na corrida pela inteligência artificial, há esperança de que a empresa consiga recuperar seu posicionamento no mercado.
