O mercado de tecnologia da informação acaba de presenciar um evento sem precedentes, marcado pela enorme falha no serviço de cibersegurança fornecido pela CrowdStrike. O CEO George Kurtz confirmou que quase a totalidade das máquinas impactadas pela interrupção voltaram a operar, mas o preço do dano associado a esse transtorno ultrapassa a casa dos bilhões de dólares, atingindo várias grandes empresas. Segundo dados de uma seguradora especializada em proteção cibernética, estima-se que as perdas ultrapassem os impressionantes US$ 5 bilhões.
Danos às Empresas da Fortune 500 Podem Alcançar US$ 5,4 Bilhões Após Paralisação da CrowdStrike
As atividades de cerca de 298 empresas listadas na Fortune 500, todas clientes da CrowdStrike, foram fortemente afetadas. Interessantemente, a área de softwares mostrou-se menos vulnerável, constituindo apenas 21% das interrupções, graças ao uso predominante do Linux, imune à atualização defeituosa que causou o problema. Contudo, quando observamos o quadro mais amplo, a gravidade da situação torna-se evidente, visto que empresas enfrentaram perdas médias de quase US$ 43,6 milhões.
Entre os setores mais prejuízos, o de saúde registrou perdas alarmantes de aproximadamente US$ 1,9 bilhões, enquanto o setor aéreo não ficou muito atrás, com perdas calculadas em US$ 860 milhões. Esses números retratam apenas as perdas seguradas, que devem ser reconhecidas como uma fração do dano real imposto pela falha na cibersegurança da CrowdStrike.
A resposta da empresa diante da situação e suas tentativas de compensação, incluindo um voucher de US$ 10 do Uber Eats para seus clientes, acabaram soando insuficientes diante do tamanho das perdas. Vale ressaltar que em 2023 a empresa detém cerca de 15% do mercado de softwares de segurança, com grande parte desse percentual advindo de seus contratos com grandes empresas do ranking da Fortune 500.
Apesar da garantia do CEO da CrowdStrike de que a empresa objetiva a plena recuperação dos sistemas afetados, as consequências deste episódio para o mercado de TI e para as políticas de segurança cibernética das corporações atingidas ainda permanecem incertas. Especialistas preveem uma possível reavaliação de fornecedores de software de segurança pelas empresas impactadas, o que pode levar a mudanças significativas nos serviços de proteção digital.
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