A Comissão Europeia iniciou uma investigação antitruste focada na recente parceria entre a Samsung Electronics e o Google em torno da implementação do mecanismo de inteligência artificial conhecido como Gemini nos novos smartphones da Samsung, incluindo o Galaxy Z Fold 6 e o Galaxy S24. Esse movimento coloca as duas gigantes da tecnologia sob escrutínio, potencialmente afetando futuras colaborações e a oferta de serviços de IA em dispositivos móveis.
O aplicativo Gemini AI do Google, que facilita a interpretação contextual de comandos de voz e ações na tela, já vem pré-instalado nos lançamentos mais recentes da Samsung, levando a União Europeia a questionar se tal integração pode estar sufocando a concorrência em um setor dominado por poucas empresas de grande porte.
Reguladores da UE investigam se a parceria entre Google e Samsung viola leis de competição, preocupando-se com a possibilidade de que essa colaboração prejudique a capacidade de empresas concorrentes de oferecerem seus próprios assistentes virtuais e soluções de IA para dispositivos móveis. Uma eventual comprovação de práticas anticompetitivas poderá resultar em pesadas multas tanto para a Samsung quanto para o Google, considerando que infratores podem ser penalizados com até 10% de suas receitas globais sob a legislação Digital Markets Act da UE.
Esse cenário reforça a crescente atenção dos órgãos reguladores sobre as estratégias de mercado das grandes companhias de tecnologia, demonstrando que a implementação de novas ferramentas de IA será cada vez mais assunto de interesse público e objeto de regulação, especialmente quando envolver a atuação de empresas com expressivo poder de mercado.
À medida que a investigação progride, a indústria observa de perto para entender as implicações que tais inquéritos podem ter sobre a liberdade das empresas de inovar e estabelecer parcerias estratégicas, bem como sobre os direitos dos consumidores de escolherem entre diferentes provedores de serviços de inteligência artificial.
