Iphan Promove Mesa-Redonda Sobre Preservação dos Terreiros de Matriz Africana
Na próxima quinta-feira, 27 de março, às 14h, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizará uma mesa-redonda com o objetivo de discutir o tombamento de terreiros e outros instrumentos de proteção do patrimônio cultural dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana. O evento, que terá transmissão ao vivo pelo canal do Iphan no YouTube, surge como continuidade das discussões iniciadas durante o Novembro Negro do Iphan em 2024.
A mesa-redonda marcará o início da revisão da Portaria Iphan nº 194/2016, que foi instituída para regulamentar a preservação dos terreiros no Brasil. Especialistas e gestores do Iphan, juntamente com convidados, irão compartilhar experiências e debater estratégias para proteger esses bens culturais. Entre os tópicos a serem abordados, destaca-se o histórico e os desafios do reconhecimento e proteção dos terreiros, além das ações do Grupo de Trabalho Interdepartamental para Preservação do Patrimônio Cultural de Terreiros (GTIT).
Outro ponto importante da discussão será o Acervo Nosso Sagrado, que compreende 519 objetos sagrados de religiões de matriz africana, confiscados de terreiros do Rio de Janeiro. Esse acervo, tombado pelo Iphan em 1938 e atualmente guardado pelo Museu da República no Rio de Janeiro, passa por um processo de revisão em parceria com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).
A programação do evento é rica em intervenções, incluindo a participação do presidente do Iphan, Leandro Grass, e outros coordenadores da autarquia que falarão sobre as experiências do Iphan no tombamento de terreiros e a importância da proteção do patrimônio cultural de matriz africana.
Esta mesa-redonda representa um passo significativo para a valorização e proteção das manifestações culturais de comunidades tradicionais, que ao longo da história enfrentaram desafios em sua legitimidade e reconhecimento.
Programação Completa:
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14h – Mesa de abertura:
- Leandro Grass, presidente do Iphan
- Andrey Schlee, diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização
- Vanessa Maria Pereira, coordenadora-geral de Identificação e Reconhecimento
- Raul Maravalhas, arquiteto e urbanista (remoto)
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14h30 – Mesa: A experiência do Iphan com tombamento de terreiros
- Alessandra Rodrigues Lima: “O Iphan e o patrimônio de Matriz Africana”
- Carolina Di Lello Jordão Silva: “A Constituição do GTIT e o Processo de Construção da Portaria Iphan nº 194, de 18 de maio de 2016”
- Giorge Patrick Bessoni e Silva: “A Experiência das Superintendências do Iphan no GTIT e na Instrução de Tombamentos de Terreiros”
- Bruna Ferreira: “Atuação do Iphan na Preservação do Patrimônio Cultural de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana”
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15h50 – Debate
- Mediação: Raul Maravalhas e Vanessa Maria Pereira
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16h15 – Ações Estratégicas do Depam: Tombamento e Rerratificação do Tombamento do Acervo Nosso Sagrado
- Participação do Prof. Mário Chagas (UniRio)
- 17h – Encerramento
Perguntas e Respostas sobre a Mesa-Redonda do Iphan
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O que é a mesa-redonda promovida pelo Iphan?
A mesa-redonda é um evento que discutirá o tombamento de terreiros e a preservação do patrimônio cultural de matrizes africanas, visando iniciar a revisão da Portaria Iphan nº 194/2016. -
Como participar do evento?
O evento será transmitido ao vivo pelo canal do Iphan no YouTube, permitindo que qualquer pessoa acesse e participe das discussões. -
Qual é a importância do tombamento de terreiros?
O tombamento é crucial para o reconhecimento e a proteção dos terreiros como bens culturais, contribuindo para a valorização das comunidades tradicionais e suas manifestações culturais. -
O que é o Acervo Nosso Sagrado?
O Acervo Nosso Sagrado é uma coleção de 519 objetos sagrados de religiões de matriz africana que foram confiscados de terreiros no Rio de Janeiro e tombados pelo Iphan desde 1938. - Quem são os palestrantes do evento?
O evento contará com apresentações de diversos especialistas e gestores do Iphan, incluindo o presidente Leandro Grass e coordenadores envolvidos na preservação do patrimônio cultural.
