Título: Ministérios se Mobilizam em Doha para Combater a Fome e a Pobreza Globalmente
No último sábado (7 de dezembro), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, fez um apelo por uma mobilização global no combate à insegurança alimentar e à miséria, durante o painel "Uniting for Change: A Global Alliance Against Hunger and Poverty", no Fórum de Doha 2024, no Catar. A iniciativa, que conta com a adesão de mais de 80 países, visa organizar e compartilhar políticas públicas efetivas para erradicar a fome e a pobreza no mundo.
Wellington Dias enfatizou a urgência em enfrentar a questão, afirmando que “o mundo tem fracassado no combate à fome”. Para ele, a proposta da Aliança Global se concentra na colaboração entre nações, onde conhecimentos e experiências possam ser trocadas, principalmente entre países mais desenvolvidos e aqueles que enfrentam maiores desafios. “Quero garantir que o conhecimento que existe no mundo seja compartilhado para ajudar”, destacou o ministro.
As políticas implementadas no Brasil têm apresentado resultados positivos, segundo Dias, com uma redução de 23% na insegurança alimentar e uma queda histórica na pobreza. “O combate à pobreza precisa ser parte do nosso plano de desenvolvimento e estar alinhado com a economia de cada nação”, afirmou.
O diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos (WFP), Carl Skau, também comentou sobre a importância da Aliança, especialmente em um contexto global marcado por crises, guerras e mudanças climáticas que agravam os problemas alimentares. “Precisamos avançar em estratégias e formas de combate à fome. Estamos aprendendo muito com o Brasil”, elogiou.
As intervenções foram complementadas pelo ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo Urrutia, que ressaltou como desastres naturais, exacerbados pelas mudanças climáticas, têm comprometido a segurança alimentar em seu país. “O Brasil tem dado uma lição de como alimentar o mundo”, ponderou.
Abdoulaye Diop, ministro de Relações Exteriores e Cooperação Internacional do Mali, ainda enfatizou as consequências da instabilidade provocada por guerras civis em regiões onde a agricultura poderia prosperar. “Uma pessoa com fome não tem paz, e uma pessoa sem paz gera violência”, advertiu.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada durante a Cúpula de Líderes do G20 no Brasil, visa erradicar a fome e a pobreza, reduzir desigualdades e fomentar um desenvolvimento sustentável. Com o apoio de mais de 60 instituições, incluindo governos e organizações não governamentais, a iniciativa destaca a importância da segurança alimentar e do empoderamento econômico como pilares para um futuro mais equitativo.
O Fórum de Doha 2024, que ocorre entre os dias 7 e 8 de dezembro, aborda a inovação como uma condição essencial para enfrentar os desafios globais atuais, reiterando a relevância da diplomacia, diálogo e diversidade na busca por soluções eficazes.
Perguntas e Respostas
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Qual é o objetivo principal da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza?
- O objetivo é erradicar a fome e a pobreza no mundo, reduzir desigualdades e promover parcerias para um desenvolvimento sustentável, através da troca de experiências e políticas públicas eficazes.
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Quantos países e instituições apoiam a iniciativa da Aliança Global?
- A Aliança conta com o apoio de mais de 80 países e 60 instituições, incluindo governos, organizações internacionais e sociedade civil.
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Quais resultados positivos o Brasil obteve em relação à insegurança alimentar?
- O Brasil obteve uma redução de 23% na insegurança alimentar e a pobreza atingiu o menor nível da série histórica, devido a políticas públicas integradas.
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Como as mudanças climáticas impactam a insegurança alimentar, segundo os ministros presentes no Fórum?
- As mudanças climáticas exacerbam desastres naturais, como enchentes, que afetam a agricultura e a produção de alimentos, aumentando a vulnerabilidade de populações já em risco.
- O que foi destacado pelo diretor do WFP sobre a contribuição do Brasil na luta contra a fome?
- O diretor citou que a iniciativa do Brasil ajuda a chamar a atenção para o desafio da fome e que o WFP está aprendendo com as experiências e as políticas brasileiras para avançar em estratégias de combate à fome.