Na segunda reunião do Grupo de Trabalho do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), realizada nesta terça-feira (2) em Brasília, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) apresentou um panorama das principais iniciativas implementadas desde o lançamento do Plano. Entre os destaques, estiveram a atualização do supercomputador Santos Dummont e o edital para Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), que irá apoiar centros dedicados à IA.
“Desde o lançamento do plano, atualizamos o supercomputador Santos Dummont e estamos avançando na aquisição de um supercomputador classificado entre os cinco melhores, aumentando a capacidade de pesquisa em IA. Sete INCTs focados em IA foram selecionados e serão apoiados em 2025”, declarou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação em exercício, Luis Fernandes, que também mencionou ações voltadas para o incentivo.
“Na esfera empresarial, houve um avanço significativo no apoio à cadeia de valor da IA, com ações de crédito e subvenção que somam R$ 6 bilhões. Além disso, estamos construindo uma infraestrutura nacional de dados integrada do setor público, um dos principais objetivos do PBIA. Este é um conjunto de realizações que demonstram o plano em plena execução”, enfatizou.
O encontro contou com a participação de diversos órgãos do governo federal envolvidos nas iniciativas do plano. Uma nova reunião do GT está programada para outubro. Até o final do ano, uma reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) também deve acontecer para apresentar um balanço do PBIA ao presidente Lula.
O secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, destacou ainda o progresso nas iniciativas que se relacionam com a política industrial da Nova Indústria Brasil (NIB).
“Temos ações pontuais e de maior impacto. Uma delas é o lançamento do Observatório Brasileiro de Inteligência Artificial, que centraliza os dados de IA no Brasil e no mundo. Outras iniciativas que interagem com políticas públicas incluem os editais da Finep e do CNPq, que se integram ao setor público e impactam diversos segmentos. As iniciativas de transformação digital dialogam com a política industrial. Muitas empresas buscaram recursos, formando um conjunto muito rico em valor e na quantidade de projetos aprovados”, esclareceu.
A reunião contou com representantes da Casa Civil da Presidência da República, Secretaria de Comunicação Social, Ministério da Fazenda, Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Ministério da Educação, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério das Comunicações, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Saúde, Finep, Capes, BNDES, Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial prevê R$ 23 bilhões em investimentos na área, com o objetivo de utilizar a tecnologia para atender às demandas sociais do país. O plano abrange 54 ações estruturantes nos eixos de Infraestrutura; Difusão, Formação e Capacitação; Melhoria dos Serviços Públicos; Inovação Empresarial e Apoio ao Processo Regulatório e Governança de IA.