quinta-feira, julho 31, 2025
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MCTI divulga resultados e progressos dos Programas Prioritários de Interesse (PPIs).

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realiza nesta quarta-feira (30/07), em Brasília, o evento “Programas Prioritários de Interesse (PPI) – Sua importância e resultados para o Brasil”, que tem como foco apresentar resultados, aumentar a transparência e fortalecer o diálogo entre governo, academia, setor produtivo e sociedade civil em relação à política pública de incentivo à inovação.

A abertura do evento contou com a presença da ministra Luciana Santos, do secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital, Henrique Miguel, além de Álvaro Prata, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), Lisandro Granville, diretor-geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), e Ruben Delgado, presidente da Associação para Promoção da Softex (Softex).

A ministra Luciana Santos enfatizou que os Programas Prioritários de Interesse “mobilizaram investimentos superiores a R$ 1,2 bilhão, apoiando projetos transformadores em áreas como microeletrônica, inteligência artificial, computação quântica, internet das coisas, mobilidade elétrica e manufatura avançada”. Ela também ressaltou a importância dos PPIs como instrumentos estruturantes da política pública de ciência, tecnologia e inovação, alinhados à Estratégia Nacional de CT&I.

Luciana Santos ainda destacou o compromisso com a redução das desigualdades regionais, mencionando que 45% dos recursos foram alocados às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “Essa trajetória só é possível graças à colaboração entre os setores aqui representados. O PPI é um exemplo concreto de como a articulação entre governo, academia e setor produtivo pode causar impacto direto na sociedade”, afirmou.

Marco regulatório

O secretário Henrique Miguel destacou a evolução dos Programas como um mecanismo de investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação por parte das empresas cobertas pela Lei de Informática. “Estamos tratando de um instrumento que, ao longo dos anos, alcançou resultados significativos e que hoje permite a continuidade de ações estruturantes, com maior visibilidade e impacto no país”, declarou.

Ele também discutiu o novo marco regulatório que aprimora o funcionamento dos PPIs. “Trabalhamos arduamente, com o apoio de representantes de associações, empresas, instituições de ensino e pesquisa, para melhorar esse instrumento. A nova portaria oferece mais clareza e segurança jurídica para os investimentos em áreas como segurança cibernética, tecnologias quânticas, inteligência artificial, semicondutores, blockchain e capacitação de profissionais”, explicou.

Parcerias

O presidente da EMBRAPII, Álvaro Prata, destacou a relevância das unidades e centros de competência na promoção da inovação industrial. “Atualmente, operamos os PPIs por meio dos nossos centros de competência, estabelecidos há pouco mais de um ano e meio. Já são nove centros em operação, sendo oito dedicados às tecnologias da informação e comunicação, com mais de 140 empresas associadas, cerca de 80 projetos em andamento e mais de cinco mil profissionais capacitados”, afirmou.

Lisandro Granville, diretor-geral da RNP, sublinhou a importância dos PPIs para promover pesquisa, desenvolvimento e capacitação. “Coordenamos o PPI de Internet Avançada e o mais recente em Saúde Digital. São iniciativas que nos permitem progredir em áreas como 6G, redes programáveis e segurança cibernética”, exemplificou.

Granville elogiou a flexibilidade do modelo dos PPIs, que, segundo ele, permite incorporar mudanças e evoluir diante dos desafios tecnológicos do país. “O PPI é um organismo dinâmico, que possibilita respostas ágeis às transformações do ambiente tecnológico”, concluiu.

Capacitação

O presidente da Softex, Ruben Delgado, parabenizou o trabalho conjunto das instituições coordenadoras e defendeu uma maior visibilidade dos resultados. “Estamos muito orgulhosos dos projetos em andamento, como o desenvolvimento de um tomógrafo baseado em fotônica de baixo custo, que terá um grande impacto na saúde do país”, destacou.

Delgado ressaltou a importância da capacitação promovida pelo programa, mencionando a meta de formar 100 mil pessoas. “Estamos atuando em toda a pirâmide, do topo ao acesso inicial, com projetos como os Hackers do Bem e ações voltadas à base de formação”, completou.

A expectativa é que o evento ajude a fortalecer a governança dos Programas Prioritários, estimule novas parcerias e reafirme o compromisso do país com uma política de inovação robusta, transparente e voltada ao desenvolvimento nacional.

Avanços Tecnológicos

Hamilton Silva, diretor de Incentivos às Tecnologias Digitais do MCTI, destacou o papel crucial dos Programas Prioritários de Interesse (PPI) para impulsionar o avanço tecnológico no Brasil. Com uma incorporação mais robusta à legislação desde 2020, o programa já mobilizou cerca de R$ 1,2 bilhão em projetos, dos quais R$ 132 milhões foram direcionados a iniciativas aprovadas.

“O diferencial do PPI é possibilitar o financiamento de ações estruturantes que, frequentemente, estão além do alcance das empresas individualmente”, elucidou Silva. Segundo ele, o programa promove uma atuação em rede, incentivando a colaboração entre instituições consolidadas e emergentes de diferentes regiões. Essa estratégia expande a inclusão, capacitação e inovação no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), sendo raro encontrar projetos realizados apenas por uma instituição.

Silva também destacou o enfoque do PPI em áreas estratégicas como inteligência artificial, segurança cibernética, tecnologias quânticas e design de chips, com a meta de formar pelo menos 2.500 projetistas até o final de 2026 — um número que supera o histórico nacional na área.

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