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MDA inicia projeto para recuperar e conservar a Caatinga em áreas de Povos e Comunidades Tradicionais

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) lançou na última quarta-feira (27), em Petrolina (PE), o Projeto EtnoCaatinga, que tem como objetivo promover a recuperação e conservação do bioma Caatinga, além de fomentar a inclusão socioprodutiva das comunidades tradicionais. O projeto resulta de uma parceria entre a Secretaria de Territórios e Sistemas Produtivos Quilombolas (SETEQ/MDA), a Embrapa Semiárido e o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), e será implementado em 13 territórios nos estados da Bahia, Pernambuco e Piauí, beneficiando aproximadamente 400 famílias.

Os recursos destinados ao projeto somam R$ 4,7 milhões, que serão aplicados em diversas estratégias de recaatingamento, incluindo a regeneração do solo, captação e tratamento de água para projetos agroflorestais e consumo animal, bem como a instalação de sistemas de tratamento de esgoto doméstico, fogões ecoeficientes e sistemas fotovoltaicos para geração de energia. Além disso, o projeto vai investir em fontes de renda sustentáveis, com a distribuição de materiais para beneficiamento e armazenamento de sementes nativas, instalação de viveiros de mudas e entrega de kits para apicultura, juntamente com orientação técnica e capacitação para os beneficiários.

“O lançamento do Projeto EtnoCaatinga é um marco significativo na colaboração entre SETEQ/MDA, Embrapa Semiárido e IRPAA, que se uniram para recuperar a Caatinga e fortalecer os Povos e Comunidades Tradicionais do semiárido, considerados guardiões desse bioma,” afirmou o secretário Edmilton Cerqueira.

A Caatinga, bioma único do Brasil, ocupa a região do semiárido, que abrange 1.477 municípios em nove estados, predominantemente no Nordeste e no norte de Minas Gerais. Esta região é caracterizada por um clima semiárido, com longos períodos de seca e temperaturas elevadas, intercalados por chuvas irregulares. A biodiversidade local, adaptada à escassez de água, inclui plantas e animais exclusivos da área, que conta com cerca de 1,6 milhão de propriedades rurais, sendo 75% delas de pequenos produtores, limitadas a 20 hectares.

Concebido para lidar com os efeitos das mudanças climáticas e com o uso inadequado dos recursos naturais, o Projeto EtnoCaatinga visa a redução da degradação do solo, a preservação de espécies ameaçadas e a diminuição da vulnerabilidade das populações locais. O recaatingamento, uma metodologia desenvolvida pelo IRPAA, combina reflorestamento e práticas de agricultura regenerativa, educação ambiental e tecnologias sociais para restaurar o bioma e melhorar a qualidade de vida das comunidades, conforme destacou a pesquisadora Aldete Fonseca, da SETEQ.

As comunidades atendidas pelo projeto incluem a Aldeia Indígena Tuxi e as comunidades tradicionais de Fundo e Fecho de Pasto Pau Ferro, Serra dos Campos Novos, Santo Antônio, Poço Comprido, Poço Poldrinho, Caboclo, Rio do Vigário e Esfomeado, além do Quilombo Casa Nova na Bahia. Em Pernambuco, o projeto alcançará a Aldeia Indígena Truka, enquanto no Piauí os territórios quilombolas Lagoas dos Prazeres e São Raimundo Nonato também serão contemplados.
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