Combate à Pobreza no Semiárido: Lançada a Terceira Fase do Projeto Dom Helder Câmara
O Brasil tem uma nova esperança no combate à pobreza rural no Semiárido. No dia 3 de dezembro de 2024, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, anunciou a terceira fase do Projeto Dom Helder Câmara (PDHC) durante o seminário “Superação da Pobreza Rural no Semiárido Brasileiro.” Este projeto, que já demonstrou resultados significativos em suas fases anteriores, tem como objetivo impactar diretamente 90 mil famílias de agricultores familiares em até 481 municípios do Nordeste e de Minas Gerais.
A nova etapa do PDHC trará uma abordagem territorial de desenvolvimento sustentável, integrando políticas públicas e favorecendo a participação social. O ministro Teixeira destacou a importância da colaboração entre diferentes níveis de governo e a participação ativa de organizações sociais, reforçando que o projeto visa devolver poder aos territórios. A proposta é que esse esforço conjunto garanta a oferta de assistência técnica e extensão rural, introduzindo o conhecimento acadêmico junto aos agricultores locais.
Durante o seminário, que também promoveu diálogos sobre a convivência com o Semiárido e estratégias para a superação da pobreza rural, foi apresentado um livro organizado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), que detalha os avanços do projeto nas fases anteriores. O secretário de Governança Fundiária e do Desenvolvimento Territorial do MDA, Moisés Savian, evidenciou que o PDHC se consolidou ao longo de sua história e que a engajamento dos movimentos sociais será crucial para o sucesso dessa nova fase.
Com um investimento direto de R$ 221 milhões, dos quais 78% provêm de um acordo de empréstimo com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), a nova fase do projeto espera resultar na adoção de sistemas alimentares sustentáveis e diversificados, além de fortalecer redes e organizações locais. Essa continuidade deve beneficiar não apenas os agricultores, mas também suas comunidades, promovendo um maior protagonismo comunitário.
A embaixadora da Espanha no Brasil, Maria Delmar Fernandes Palácios, elogiou os resultados anteriores do PDHC, afirmando que a vontade política do governo brasileiro fez diferenças tangíveis na vida de milhões de famílias. Ela apontou melhorias na produção agrícola, na diversidade alimentar e na inclusão de mulheres e jovens nas atividades produtivas. Essa visão otimista foi rechaçada por representantes de movimentos sociais, como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que vêem o projeto como uma ferramenta essencial para enfrentar os desafios climáticos e garantir acesso a direitos há muito negados.
Por sua vez, o ministro Paulo Teixeira enfatizou a importância de honrar o legado de Dom Helder Câmara, reafirmando o compromisso do governo em garantir dignidade e cidadania plena. “Devemos assegurar que todos tenham acesso à alimentação adequada e à superação da pobreza extrema,” reafirmou.
Com mais de 20 anos de atuação, o PDHC já impactou diretamente mais de 100 mil famílias, com investimentos superiores a R$ 700 milhões voltados para assistência técnica e tecnologias sociais. Agora, inicia-se um novo ciclo com o firme objetivo de transformar a realidade das famílias do Semiárido, contribuindo para um Brasil mais justo e sustentável.
Perguntas e Respostas sobre o Projeto Dom Helder Câmara
-
O que é o Projeto Dom Helder Câmara (PDHC)?
O PDHC é uma iniciativa de desenvolvimento rural sustentável que visa combater a pobreza no Semiárido brasileiro, com foco em promover a melhoria das condições de vida de agricultores familiares. -
Qual é o objetivo da nova fase do PDHC?
A nova fase do PDHC tem como meta atender 90 mil famílias de agricultoras e agricultores familiares em 481 municípios, promovendo a adoção de sistemas alimentares sustentáveis e fortalecendo organizações locais. -
De quanto é o investimento para esta terceira fase do projeto?
O investimento direto para a terceira fase do PDHC é de R$ 221 milhões, a maior parte originada de um empréstimo do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). -
Quais são os resultados esperados com a nova fase do PDHC?
Espera-se que a nova fase promova uma maior diversidade alimentar, aumente a produção agrícola, fortaleça redes comunitárias e garanta um protagonismo maior das comunidades no desenvolvimento local. - Como o projeto impactou as fases anteriores?
Nas fases anteriores, o PDHC beneficiou diretamente mais de 100 mil famílias e gerou investimentos significativos em assistência técnica e tecnologias sociais, melhorando a qualidade de vida no Semiárido e promovendo a inclusão social.