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MDHC e Fiocruz intensificam esforços para criar centros de atendimento aos povos Yanomami e Ye’kwana em Roraima

Implementação de Centros de Atendimento aos Povos Yanomami e Ye’kwana em Roraima Avança

Na última semana, um passo significativo foi dado rumo à proteção dos direitos dos povos Yanomami e Ye’kwana. As equipes da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (SNDH) e da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA), do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), em colaboração com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizaram uma visita técnica a Boa Vista, Roraima, com o objetivo de avançar na implementação do Centro de Referência em Direitos Humanos Yanomami e Ye’kwana (CRDHYY) e do Centro de Atendimento Integrado da Criança Yanomami e Ye’kwana (CAICYY).

Reuniões Estratégicas e Articulações Institucionais

Durante a vistoria, que ocorreu entre os dias 24 e 27 de fevereiro, as equipes se reuniram com órgãos públicos, representantes do sistema de justiça e associações indígenas. Este esforço colaborativo visou fortalecer as articulações institucionais necessárias para a instalação dos centros de atendimento. Embora tenham sido observados avanços no combate ao garimpo ilegal desde a intervenção do Governo Federal, os encontros evidenciaram a permanência de desafios significativos, como as violações enfrentadas pelos povos Yanomami e Ye’kwana.

As reuniões foram organizadas de maneira a cobrir diversos aspectos dos direitos desses povos, iniciando no primeiro dia com encontros no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEY) e na Casa de Saúde Indígena (CASAI). Nos dias seguintes, foram mantidos diálogos com lideranças indígenas, conselhos e defensores dos direitos da criança, culminando em uma forte mobilização institucional que destacou a voz e a necessidade das comunidades locais.

Voz das Lideranças Indígenas

Um dos momentos mais simbólicos da missão foi a interação com as lideranças das associações Yanomami e Ye’kwana, incluindo Davi Kopenawa, presidente da Hutukara e reconhecido defensor dos direitos de seu povo. Durante esse encontro, as lideranças expressaram a relevância dos centros e a necessidade de tradutores para garantir um atendimento respeitoso e adequado, especialmente às mulheres indígenas.

Kopenawa enfatizou o sofrimento de seu povo, que enfrenta problemas severos devido à exploração descontrolada do garimpo, que resultou em contaminação ambiental e impactos sociais devastadores, incluindo violência e exploração.

Compromisso com a Estruturação dos Centros

Com o fim da missão, as equipes do MDHC e da Fiocruz retornaram a Brasília comprometidas em consolidar as parcerias estabelecidas e avançar na estruturação física dos centros. A criação do CRDHYY e do CAICYY é vista como um marco na proteção dos direitos dos povos Yanomami e Ye’kwana. A implementação desses centros deve possibilitar um atendimento mais qualificado e humanizado, minimizando o tempo que os indígenas passam fora de seus territórios e evitando a revitimização nos serviços públicos.

A continuidade do trabalho em rede entre governo, instituições e lideranças indígenas é fundamental para que esses centros sejam realmente efetivos no fortalecimento da proteção aos povos originários.


Perguntas Frequentes

  1. Qual é o objetivo principal dos Centros de Atendimento aos povos Yanomami e Ye’kwana?

    • Os centros têm como objetivo garantir a proteção dos direitos humanos e fornecer um atendimento integrado, especialmente voltado para crianças e adolescentes dessas comunidades.
  2. Como a exploração do garimpo ilegal afeta os povos Yanomami e Ye’kwana?

    • A exploração do garimpo ilegal tem causado contaminação dos rios, doenças, destruição da cadeia alimentar e agravamento de problemas sociais como violência, alcoolização e exploração infantil.
  3. Quem são as principais autoridades envolvidas neste projeto?

    • O projeto envolve autoridades do MDHC, da Fiocruz, além de lideranças indígenas e órgãos públicos locais, como o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami e a Casa de Saúde Indígena.
  4. Qual é a importância da presença de tradutores nos centros?

    • A presença de tradutores, especialmente mulheres, é fundamental para garantir que as indígenas recebam atendimento adequado e que suas vozes sejam ouvidas de forma respeitosa.
  5. Quais são os próximos passos após essa visita técnica?
    • Os próximos passos incluem a consolidação das parcerias, a estruturação física dos centros e a criação de um ambiente de atendimento mais integrado e eficiente para os povos Yanomami e Ye’kwana.

Fonte
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