O Ministério da Educação (MEC) dará início, na próxima quarta-feira, 10 de setembro, ao Seminário Nacional de Educação de Jovens e Adultos, que celebrará o primeiro ano do Pacto pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos (Pacto EJA). O evento será realizado no Centro de Formação e Desenvolvimento dos Trabalhadores em Educação do MEC, em Brasília, e terá transmissão ao vivo pelo canal do MEC no YouTube. O principal objetivo do seminário é avaliar a implementação do Pacto EJA e discutir as ações necessárias para fortalecer essa modalidade de ensino.
No segundo dia do evento, será apresentado um estudo econômico encomendado pelo MEC, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), em colaboração com a Unesco. Este mapeamento inédito examinará os impactos econômicos da educação de jovens e adultos (EJA) na vida dos alunos, com a intenção de expandir a pesquisa nessa área e reforçar a valorização da EJA, estimulando debates qualificados sobre os dados apresentados.
Durante o seminário, também serão lançados novos Cadernos EJA para o ensino médio, que visam fornecer um material didático interdisciplinar, passível de ser adaptado às particularidades de cada região e às diferentes abordagens pedagógicas. Esses cadernos têm como base a tríade metodológica: conhecer, pesquisar e intervir, e incluem propostas de pesquisa e ações de intervenção na realidade dos alunos. O foco é promover uma formação crítica para jovens, adultos e idosos, considerando seu contexto histórico e social.
O Pacto Nacional de Superação do Analfabetismo e Qualificação de Jovens e Adultos prevê a criação de 3,3 milhões de novas matrículas na EJA, com um investimento superior a R$ 4 bilhões ao longo de quatro anos. Segundo dados do Censo Demográfico de 2022 do IBGE, cerca de 11,4 milhões de pessoas no Brasil ainda são não alfabetizadas. Nesse cenário, os objetivos do pacto incluem a superação do analfabetismo, a elevação da escolaridade, o aumento das matrículas da EJA nos sistemas públicos de ensino, incluindo os estudantes privados de liberdade, e a ampliação da EJA integrada à educação profissional.
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