Ministério de Portos e Aeroportos anuncia recordes históricos e R$ 50 bilhões em investimentos até 2026
Na quinta-feira, 16 de janeiro de 2025, o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, apresentou um importante balanço das ações de 2024 e delineou as metas estratégicas da pasta para os próximos dois anos. O evento acontece em um contexto de transformação no setor de transporte do Brasil, com um foco claro no crescimento econômico e na modernização da infraestrutura. O ministro destacou a relevância dos investimentos públicos e privados para o aprimoramento de portos, aeroportos e hidrovias, iniciativas que visam impulsionar a economia e facilitar o escoamento da produção nacional.
Durante a apresentação, Costa Filho revelou que já foram investidos R$ 20,8 bilhões no setor portuário nos últimos dois anos, evidenciando um valor mais que dobrado em comparação ao governo anterior. Até o final do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a expectativa é que os investimentos superem a marca de R$ 50 bilhões, provenientes principalmente do setor privado.
Crescimento e inovação no setor portuário
O setor portuário também registra um crescimento robusto, com um aumento de 7,42% em 2024, totalizando uma movimentação de 437,73 milhões de toneladas. Esse crescimento é atribuído em parte ao desempenho do agronegócio e ao aumento significativo na movimentação de produtos como trigo, açúcar e fertilizantes. Costa Filho ainda mencionou a realização de 43 leilões portuários entre 2003 e 2022, que resultaram em R$ 6 bilhões em investimentos, e anunciou que até 2026 serão realizados 50 novos leilões para fortalecer e ampliar o modelo de concessões.
Os projetos em destaque para os próximos anos incluem o leilão do Porto de Itaguaí e a construção do túnel submerso Santos-Guarujá, que deverá representar um avanço considerável na logística do país. O compromisso com a sustentabilidade também foi enfatizado, com o lançamento da Agenda 2030, que visa modernizar as operações nos portos brasileiros, reduzindo a burocracia e promovendo a descarbonização das atividades.
Aviação e ações para combate à seca
No que diz respeito ao setor de aviação, 2024 foi o ano da marca histórica de 118,3 milhões de passageiros transportados, superando a meta inicial de 116 milhões. O programa "Voa Brasil", que oferece passagens acessíveis a aposentados, foi mencionado como um avanço importante para a inclusão social.
O ministério também mostrou empenho em lidar com as consequências da seca extrema, criando uma Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação e destinando R$ 370 milhões para ações que visam amenizar os efeitos da estiagem, como a dragagem de rios.
Os investimentos totais do Ministério em 2024 atingiram R$ 45 bilhões, o que representa mais do que o dobro dos gastos aprovados no governo anterior. Esse volume coloca a pasta com um novo destaque na governança da infraestrutura no Brasil, impulsionando tanto a construção naval quanto a infraestrutura portuária.
Perguntas Frequentes
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Quais são as principais metas do Ministério de Portos e Aeroportos para os próximos anos?
O ministério pretende realizar 50 novos leilões até 2026, além de aumentar os investimentos com foco na modernização e sustentabilidade de portos e aeroportos. -
Qual foi o volume de movimentação do setor portuário em 2024?
O setor portuário teve uma movimentação recorde de 437,73 milhões de toneladas em 2024, representando um crescimento de 7,42% em relação ao ano anterior. -
Como esses investimentos impactarão a economia brasileira?
Os investimentos visam impulsionar o desenvolvimento econômico do país, otimizando o escoamento de produtos e aumentando a competitividade nas cadeias produtivas, especialmente no agronegócio. -
O que é o programa "Voa Brasil"?
O programa "Voa Brasil" foi lançado para promover a inclusão social, oferecendo passagens aéreas a preços acessíveis para aposentados, facilitando o acesso ao transporte aéreo. - Qual é a relação entre os investimentos em infraestrutura e a sustentabilidade?
A sustentabilidade é uma prioridade, com a implementação de programas como o “Porto Sem Papel” e a Agenda 2030, que visam reduzir a burocracia e as emissões de carbono nas operações portuárias.