Desenvolvimento Sustentável no Turismo de Pesca: A Nova Parceria entre Ministérios
O Brasil é um país privilegiado quando se trata de recursos hídricos e biodiversidade, com seus 7.360 quilômetros de litoral e cerca de 45 mil quilômetros de rios. Nesse cenário, o turismo de pesca emergiu como uma alternativa promissora para o desenvolvimento econômico e social, e o governo brasileiro parece pronto para explorar esse potencial. A partir desta quinta-feira (20 de março), o Ministério do Turismo irá participar do 3º Fórum Nacional de Turismo de Pesca, realizado em São Paulo (SP) pela Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (ANEPE). O evento, que ocorre até 22 de março, está inserido na feira Pesca Trade Show 2025 e visa discutir políticas públicas, tendências e oportunidades para o segmento de pesca esportiva e amadora no Brasil.
Os ministérios do Turismo e da Pesca e Aquicultura assinaram um Acordo de Cooperação Técnica que visa o desenvolvimento sustentável e responsável das atividades turísticas ligadas à pesca esportiva e à aquicultura. Esse esforço conjunto procura fomentar a criação de novos roteiros turísticos em comunidades pesqueiras, gerando oportunidades de emprego e renda para as populações locais. Entre os destinos destacados estão o Pantanal, o Vale da Serra da Mesa (GO) e o Rio Araguaia, que se tornaram verdadeiros polos para os amantes da pesca.
Atualmente, a pesca esportiva e amadora gera em torno de US$ 2 bilhões anualmente para a economia brasileira, uma quantia que ainda está longe dos US$ 40 bilhões arrecadados anualmente nos Estados Unidos. Para reverter essa discrepância, o governo tem implementado iniciativas para ampliar o potencial do turismo pesqueiro. Recentemente, uma equipe técnica do Ministério do Turismo visitou polos pesqueiros no Amapá para discutir práticas relevantes e fortalecer a base comunitária do turismo na região, parte do “Programa de Regionalização do Turismo em Ação – Mapa do Turismo até Você”.
Enquanto o Brasil já se destaca com diversos destinos prontos para receber turistas interessados em experiências pesqueiras, o desafio daqui para frente será garantir a sustentabilidade dessas práticas e o envolvimento das comunidades locais, que são essenciais para a preservação dos ecossistemas aquáticos e a promoção de uma atividade econômica que beneficie a todos.
Cinco Perguntas e Respostas sobre Turismo de Pesca no Brasil
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O que é turismo de pesca?
O turismo de pesca é uma modalidade que envolve atividades práticas de pesca, tanto esportiva quanto amadora, em locais com recursos hídricos, promovendo o lazer e interação com a natureza. -
Quais são os principais benefícios do turismo de pesca para as comunidades locais?
O turismo de pesca pode gerar emprego, aumentar a renda local, promover a preservação ambiental e incentivar o desenvolvimento econômico sustentável, além de valorizar a cultura local. -
Como o governo está estimulando o turismo de pesca?
O governo, através dos ministérios do Turismo e da Pesca e Aquicultura, estabeleceu parcerias em acordos de cooperação técnica para desenvolver roteiros turísticos, ordenar o setor e fomentar a participação das comunidades ribeirinhas. -
Quais são alguns dos principais destinos de pesca no Brasil?
Destinos como o Pantanal, o Vale da Serra da Mesa (GO) e o Rio Araguaia são reconhecidos por suas excelentes condições para pesca esportiva e amadora, e estão sendo promovidos para atrair turistas. - Qual é a arrecadação atual do turismo de pesca no Brasil?
O turismo de pesca no Brasil fatura anualmente em torno de US$ 2 bilhões, mas a expectativa é que esse valor cresça com iniciativas que visam fortalecer o segmento e desenvolver novos destinos turísticos.