Brasília (DF), 24 de junho de 2025 – O Ministério da Defesa (MD) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) firmaram, nesta terça-feira (24), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o intuito de reforçar a Base Industrial de Defesa (BID) do Brasil. A iniciativa busca aumentar a participação do setor de defesa nas exportações nacionais e elevar os índices de nacionalização de bens e serviços.
A BID é composta por empresas, tanto estatais quanto privadas, que atuam em diversas etapas da pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e manutenção de produtos estratégicos de defesa.
O acordo foi assinado pelo Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, pelo presidente da ABDI, Ricardo Capelli, pela Secretária Adjunta de Produtos de Defesa, Juliana Ribeiro Larenas, e pela diretora de Economia Sustentável e Industrialização da agência, Perpétua Almeida.
Durante a assinatura, o ministro José Mucio ressaltou a importância do acordo para obter dados mais precisos sobre a indústria de defesa no Brasil. “Precisamos comunicar ao povo brasileiro o que representa essa indústria, que é a que mais cresce globalmente. Em 2024, foram investidos US$ 2,78 trilhões no setor ao redor do mundo. A indústria de defesa pode crescer significativamente no Brasil, gerando empregos e arrecadando tributos”, afirmou.
Ricardo Capelli destacou a relevância da indústria de defesa em tempos desafiadores. “Não há países fortes e soberanos sem Forças Armadas robustas. A ABDI tem o dever de auxiliar o Ministério da Defesa na atualização do mapeamento da BID, o que pode impulsionar políticas públicas que tornem essa indústria um vetor estratégico no país”, enfatizou.
Eixos do Acordo
O acordo contempla ações estruturadas em quatro eixos. O primeiro deles visa à criação do Banco de Offset Ofertante Brasileiro, que suportará ações de cooperação em áreas tecnológicas, comerciais e industriais, voltadas para o suporte às exportações de bens e serviços brasileiros.
O segundo eixo se concentra na modelagem de exportações de bens e serviços de defesa e segurança na modalidade Governo a Governo (Gov-to-Gov), com a meta de expandir as exportações da BID mediante atendimento a solicitações de governos soberanos.
O terceiro eixo propõe o mapeamento da BID, por meio de estudos qualitativos e quantitativos, que visam aumentar o conteúdo nacional em bens e serviços de defesa, destacando projetos estratégicos do Ministério da Defesa e das Forças Armadas, especialmente pela atração de investimentos estrangeiros e privados.
Por fim, o quarto eixo abrange o assessoramento técnico especializado em compras públicas para inovação, com o objetivo de ampliar esse tipo de contratação no Ministério da Defesa, priorizando encomendas tecnológicas conforme a Lei de Inovação (Lei 10.973/2004).
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