O turismo de cruzeiros marítimos no Brasil, que já conta com mais de 800 mil passageiros por ano, terá um novo sistema de reconhecimento facial para agilizar e aumentar a segurança no embarque dos turistas. Durante o evento da CLIA Brasil, realizado na última quarta-feira (3), o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) apresentou uma plataforma digital de biometria e check-in antecipado, que estará disponível para as empresas de cruzeiros a partir de outubro.
Essa iniciativa faz parte do programa Porto Sem Papel (PSP), criado pelo Governo Federal com o intuito de desburocratizar as operações portuárias, atendendo às necessidades de diferentes órgãos e autoridades, como a Anvisa, a Polícia Federal e a Marinha. O PSP já está presente em todos os portos públicos e na maioria dos portos privados do Brasil, permitindo uma redução significativa no tempo médio de permanência de embarcações, que passou de 20 para quatro dias.
“O tempo de embarque pode chegar a três ou quatro horas devido ao alto volume de passageiros. A nova solução vai ajudar a reduzir essa espera”, explica o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho. A Plataforma Cruzeirista, idealizada pelo Serpro a pedido do MPor, promete eliminar o uso de documentos físicos, garantindo a validação dos passageiros por biometria, além de permitir check-in antecipado e despacho de bagagens.
O secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, destacou a necessidade de trazer um nível de serviço semelhante ao das viagens aéreas, onde o processo é muito mais dinâmico. Ele ressaltou que a iniciativa do governo, em parceria com o Serpro, visa modernizar o setor de cruzeiros, garantindo que o embarque e desembarque ocorra de forma mais rápida e segura.
De acordo com a CLIA Brasil, a operação de cruzeiros gera um impacto de aproximadamente R$ 3 bilhões na economia nacional durante a temporada 2023/2024. Para cada R$ 1 investido pelas armadoras, há uma movimentação de R$ 4,22 na economia. Além disso, os gastos dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades e portos contribuem com cerca de R$ 2,5 bilhões a cada temporada.
Para mais notícias, acesse o TecMania.