Ministra da Saúde reforça compromisso com a saúde indígena em Roraima
Em uma visita programada para a segunda-feira, 13 de janeiro de 2025, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reafirmou o compromisso do governo federal com a saúde indígena, concentrando suas ações na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Este encontro ocorre em um momento crítico, onde a saúde das populações indígenas enfrenta desafios significativos, especialmente no que diz respeito à malária e à infraestrutura de saúde.
A programação da ministra incluiu reuniões com lideranças locais e visitas essenciais a unidades de saúde que atendem à população Yanomami. Durante a manhã, Nísia se encontrou com o novo coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, Mauricio Ye’Kwana, em uma reunião na Casa de Governo. O foco do encontro foi discutir a situação da malária na região, uma doença endêmica que apresentou um crescimento de 4% nos casos em 2024 em comparação ao ano anterior, embora o número de óbitos tenha diminuído em 35%.
Após as reuniões, a ministra visitou a Unidade de Retaguarda Hospitalar aos Povos Indígenas (URHPI), que faz parte do Hospital Universitário da Universidade Federal de Roraima. A primeira fase das reformas nesta unidade está prevista para ser concluída em fevereiro de 2025, com 36 leitos dedicados exclusivamente à saúde indígena. Recentemente, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) contratou 35 novos profissionais para integrar a equipe da unidade.
Uma notícia positiva oriunda da visita foi a constatação de que a Casa de Saúde Indígena Yanomami (CASAI) apresenta atualmente o menor número de internações desde o início da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN). Com as reformas avançando e a realocação de pacientes, novas etapas de melhoramentos estão programadas para começar na próxima semana.
Além disso, a ministra Nísia Trindade participou de outra reunião na sede da Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS). Este mês, a força de trabalho voltada à saúde indígena será transferida para a AgSUS em dez DSEIs, visando garantir uma gestão mais eficiente dos serviços de saúde nas regiões vulneráveis. Até o final de 2025, todos os DSEIs e as Casas de Saúde Indígena devem ter suas equipes integradas à AgSUS.
O Ministério da Saúde também pretende enfrentar os desafios históricos da saúde indígena com a instalação do Centro de Operações de Emergência (COE) Yanomami e a introdução de novas tecnologias, como teleconsultoria para doenças febris e infecciosas. Iniciativas sob o programa "Brasil Saudável" já capacitaram profissionais em combates à malária na região, com novas etapas de treinamento planejadas até o final do próximo ano.
A saúde indígena continua sendo uma prioridade para o governo, como evidenciado por visitas anteriores de autoridades, incluindo reuniões que resultaram em planos de instalação do primeiro hospital de saúde indígena no país e a ampliação da Casa de Apoio à Saúde Indígena.
Perguntas e Respostas
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Qual é o principal objetivo da visita da ministra Nísia Trindade a Roraima?
- O objetivo é reforçar o compromisso do governo com a saúde indígena, discutir ações específicas para a melhoria dos serviços de saúde para a população Yanomami e abordar questões como a malária.
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Houve um aumento ou diminuição no número de casos de malária entre os Yanomami?
- Em 2024, houve um aumento de 4% nos casos de malária, mas, paralelamente, o número de óbitos caiu em 35%.
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O que é a Unidade de Retaguarda Hospitalar aos Povos Indígenas (URHPI)?
- A URHPI é uma unidade que fará parte do Hospital Universitário da UFRR e terá 36 leitos dedicados exclusivamente à saúde indígena, com a primeira etapa das obras prevendo entrega para fevereiro de 2025.
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Qual será a mudança na gestão das equipes de saúde indígena?
- A partir deste mês, as equipes de saúde indígena em dez DSEIs, incluindo o Yanomami, serão transferidas para a Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS) para uma gestão mais eficiente.
- Quais tecnologias novas estão sendo implementadas para ajudar na saúde indígena?
- Entre as inovações, destaca-se a teleconsultoria para doenças febris e infecciosas, além da instalação do Centro de Operações de Emergência (COE) Yanomami, que visa enfrentar os desafios históricos da saúde na região.