Durante sua visita ao Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (28), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a relevância da unidade de pesquisa e o papel crucial da ciência e da inovação no progresso do país.
“Estamos no centro de uma nova competição tecnológica e comercial. Lítio, cobalto, níquel e terras-raras não são apenas minerais, mas essenciais na fabricação de baterias para veículos elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e semicondutores”, afirmou, acompanhada pela diretora do CETEM, Silvia Cristina França.
A ministra sublinhou que esses minerais são fundamentais para inovação tecnológica e fontes de energia renovável, além de serem vitais na redução da pegada de carbono e na garantia de segurança econômica e geopolítica, em face da crescente demanda global por sustentabilidade e digitalização. “Quem controla essas cadeias, controla o futuro”, acrescentou.
Luciana Santos lembrou que o Brasil ocupa uma posição privilegiada nesse contexto. “Somos uma potência mineral estratégica. Temos as maiores reservas de nióbio do mundo, somos o segundo em reservas de grafite e terras-raras, e o terceiro em níquel. Mas, como a diretora Silvia França disse recentemente, não é suficiente ter a reserva. É necessário dominar a tecnologia”, ressaltou, destacando os projetos do CETEM em minerais estratégicos como lítio, terras-raras e nióbio.
“A infraestrutura do CETEM, aliada a um corpo técnico qualificado, apoia nosso objetivo de posicionar o Brasil no cenário global não apenas como um exportador de matérias-primas, mas como líder em tecnologia e inovação, além de um dos principais exportadores de tecnologia para o setor mineral, de maneira competitiva e sustentável”.
Chamada Pública Finep-BNDES
A ministra também mencionou a Chamada Pública Finep-BNDES, no valor de R$ 5 bilhões, destinada a planos de negócios para a transformação de minerais estratégicos, e confirmou que em breve será lançada uma nova chamada pública de subvenção econômica voltada para o setor mineral, totalizando R$ 200 milhões.
Ao concluir sua visita pelos laboratórios do CETEM, a ministra reafirmou o compromisso do MCTI com a ciência brasileira e com o trabalho realizado pelo CETEM.
“Reconhecemos que o trabalho de vocês aqui é fundamental. Isso envolve soberania, desenvolvimento e a garantia de que o Brasil ocupe o lugar que merece no cenário global. Contem comigo, com nossa equipe no MCTI e com este governo que valoriza a ciência. Vamos juntos transformar o potencial mineral do Brasil em um futuro de prosperidade, inovação e soberania para todo o nosso povo”, finalizou.