Ministra Luciana Santos Apresenta Ações e Metas do MCTI em Audiência no Senado
Na última quarta-feira (19), a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática (CCT) do Senado Federal realizou sua terceira reunião do ano, onde a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, apresentou um balanço das ações do MCTI e discutiu desafios e perspectivas futuras. A audiência, presidida pelo senador Flávio Arns (PSB/PR), contou com a presença de outros senadores e representantes de diversas entidades ligadas ao setor.
Durante sua apresentação, Luciana Santos enfatizou a relação intrínseca entre ciência e democracia, destacando a importância do fortalecimento da ciência aberta e a necessidade de investimentos significativos para o desenvolvimento científicos. Como parte das comemorações dos 40 anos do ministério, ela anunciou diversas iniciativas, como a criação da medalha Renato Archer e a produção de um livro e documentário sobre a trajetória do MCTI.
Um dos pontos altos da reunião foi a inclusão de projetos do ministério no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Entre os destaques estão o Laboratório Sirius, que receberá R$ 800 milhões, e o laboratório Órion, com investimento de R$ 1 bilhão. Também foi abordada a importância do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que receberá um aporte de R$ 82 milhões, com o objetivo de ampliar suas operações e eficácia.
A inteligência artificial também esteve em pauta. Luciana apresentou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que visa impulsionar o desenvolvimento dessa tecnologia no Brasil, através de investimentos significativos e da criação de modelos de linguagem em português.
A senadora Teresa Leitão (PT/PE) levantou a questão da distribuição dos recursos, enfatizando a necessidade de um olhar especial para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em resposta, a ministra afirmou que mais de R$ 2,49 bilhões serão destinados a projetos nessas áreas até 2026.
Durante os questionamentos, o ex-ministro Marco Pontes manifestou preocupação com o orçamento do Cemaden, sobre o progresso de projetos como o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e o desenvolvimento de vacinas nacionais. Ele também defendeu a ideia de vincular os Institutos Federais ao MCTI para promover uma integração entre ensino e pesquisa.
Luciana Santos reafirmou o compromisso do MCTI em fortalecer os investimentos em ciência e tecnologia, mostrando que, mesmo diante de desafios, o ministério continua a traçar estratégias para o avanço do conhecimento e inovação no Brasil.
Perguntas e Respostas sobre o MCTI e suas Ações
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Qual é a importância do MCTI na ciência brasileira?
- O MCTI é fundamental para promover a ciência e tecnologia no Brasil, sendo responsável por implementar políticas, investir em pesquisa e inovação, e garantir a interação entre instituições de ensino e pesquisa.
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Quais são os principais projetos apresentados pela ministra Luciana Santos?
- Entre os principais projetos estão o laboratório Sirius, o Órion, o Reator Multipropósito Brasileiro e a ampliação do Cemaden, todos com investimentos significativos previstos até 2026.
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Como o MCTI pretende desenvolver a inteligência artificial no Brasil?
- Através do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, o MCTI busca investir em tecnologia, criar modelos de linguagem em português e reduzir a dependência de modelos estrangeiros.
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Qual é a previsão de investimento para as regiões menos favorecidas do Brasil?
- Está previsto um investimento de mais de R$ 2,49 bilhões em projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste até 2026, com o objetivo de regionalizar os recursos em ciência e tecnologia.
- Quais são os desafios que o MCTI enfrenta atualmente?
- Os principais desafios incluem a necessidade de um orçamento adequado, a descentralização dos investimentos, a formação de profissionais qualificados e a interligação entre diferentes setores e ministérios para otimizar a pesquisa e inovação.