segunda-feira, janeiro 13, 2025
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Ministras da América Latina e Caribe Debatem Progresso dos Direitos das Mulheres na Região

Título: Encontro em Santiago discute igualdade de gênero e desafios na América Latina

Na quarta-feira (4), a ministra das Mulheres do Brasil, Cida Gonçalves, participou da 66ª Reunião da Mesa Diretora da Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe, que está ocorrendo na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), em Santiago, Chile. A conferência se estende até quinta-feira (5) e reúne ministras, autoridades, acadêmicos e representantes da sociedade civil em torno do tema essencial da luta pelos direitos das mulheres na região.

Um dos objetivos centrais do encontro é realizar uma consulta regional preparatória para a 69ª sessão da Comissão das Nações Unidas sobre o Estatuto da Mulher (CSW), dentro das comemorações pelos 30 anos da Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher e a Plataforma de Ação de Pequim, realizada em 1995. Este evento é visto como uma oportunidade vital para avaliar o progresso em relação à igualdade de gênero, além de avaliar a implementação dos compromissos estabelecidos em acordos internacionais e regionais.

Durante o encontro, Ingrid Gómez Saracíbar, subsecretária da Secretaria das Mulheres do México, exaltou os avanços que a América Latina conquistou nas últimas décadas, com o desenvolvimento de políticas públicas fundamentadas em dados de gênero. A subsecretária também anunciou que o México será o anfitrião da próxima Conferência Regional sobre a Mulher, em 2024, com a temática "As transformações nos âmbitos político, econômico, social, cultural e ambiental para impulsionar uma sociedade do cuidado e da igualdade de gênero".

José Manuel Salazar-Xirinachs, secretário executivo da CEPAL, ressaltou a importância de transformar marcos regulatórios em ações práticas e de investir mais em políticas de igualdade de gênero. Ele lembrou que, embora a região tenha avançado em seus compromissos, muitos desafios ainda persistem, exigindo transformações profundas e sólida cooperação regional.

A diretora-executiva adjunta da ONU Mulheres, Nyaradzayi Gumbonzvanda, enfatizou o papel de liderança que a América Latina pode desempenhar na criação de um novo paradigma de desenvolvimento sustentável, baseado em experiências passadas e na formação de estratégias para o futuro.

Os dados apresentados na reunião destacaram a persistência da desigualdade de gênero na região. Um dos números alarmantes indica que metade das mulheres na América Latina está fora do mercado de trabalho, enquanto a taxa de participação masculina supera os 75%. Além disso, a pobreza afeta mais intensamente as mulheres, evidenciada pelo fato de que, para cada 100 homens em situação de pobreza, existem 118 mulheres na mesma condição.

A violência de gênero é outro aspecto crítico, com a região registrando, em média, 11 casos de feminicídio por dia em 2023. O encontro ressaltou a necessidade urgente de implementar ações concreta e coordenadas para enfrentamento das desigualdades e promoção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Dúvidas Frequentes:

  1. Qual o objetivo da Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe?

    • O objetivo é reunir autoridades e representantes para discutir e avaliar o progresso em direção à igualdade de gênero e a implementação de políticas que garantam os direitos das mulheres na região.
  2. Quem está coordenando a reunião?

    • A reunião é organizada pela CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), em colaboração com a ONU Mulheres.
  3. Quais são os principais desafios que a América Latina enfrenta em relação à igualdade de gênero?

    • Os principais desafios incluem a implementação e financiamento de políticas de igualdade de gênero, a alta taxa de feminicídios, a participação das mulheres no mercado de trabalho e a sobrecarga de trabalho doméstico não remunerado.
  4. Quando e onde será a próxima Conferência Regional sobre a Mulher?

    • A próxima conferência ocorrerá no México em 2024 e abordará "As transformações nos âmbitos político, econômico, social, cultural e ambiental para impulsionar uma sociedade do cuidado e da igualdade de gênero".
  5. O que está sendo feito para enfrentar a feminização da pobreza na região?
    • Presente na discussão, a conferência busca promover ações concretas e coordenadas para enfrentar desigualdades, implementar políticas eficazes e garantir que os direitos das mulheres sejam priorizados nas agendas governamentais.

Fonte
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