O Ministério da Igualdade Racial (MIR) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgaram o resultado da seleção de 50 participantes para a edição Angola do programa Caminhos Amefricanos. Este programa de intercâmbio Sul-Sul tem como objetivo combater o racismo e promover a igualdade racial por meio de viagens de curta duração.
“O projeto permitirá que a comitiva brasileira aprofunde seu conhecimento sobre a história e cultura de Angola, fortalecendo a formação para o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, conforme a Lei nº 10.639/2003, que torna obrigatória a inclusão desse tema nas instituições de ensino”, destacou Tiago Santana, secretário de Políticas de Ações Afirmativas e Combate e Superação do Racismo.
Os 50 selecionados são estudantes que se autodeclaram pretos, pardos ou quilombolas, matriculados a partir do quinto semestre de cursos de licenciatura em Instituições de Ensino Superior públicas. Eles terão a oportunidade de vivenciar uma experiência de intercâmbio na Universidade Agostinho Neto, em Luanda, capital de Angola.
Os bolsistas receberão apoio financeiro para despesas de deslocamento, emissão de passaporte, solicitação de visto, diárias e seguro-saúde. O programa incluirá uma agenda com visitas a escolas, museus e locais históricos, além de um evento científico.
Recentemente, em agosto deste ano, o programa Caminhos Amefricanos já havia levado 50 docentes brasileiros ao Peru, onde compartilharam e produziram conhecimento sobre a cultura e diáspora africana em colaboração com membros da Universidad Nacional Mayor de San Marcos.
O programa foi desenvolvido pelo Ministério da Igualdade Racial, em parceria com a CAPES, o Ministério da Educação (MEC) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e busca promover intercâmbios de informações sobre iniciativas que combatam a discriminação e impulsionem a igualdade racial em países da América Latina, África e Caribe.
Para mais notícias, acesse o TecMania.
