segunda-feira, janeiro 13, 2025
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Nova Parceria Internacional entre MDS, FAO e ABC Destina US$ 2 Milhões para Cooperação Técnica até 2026

Cooperação Internacional para Fortalecimento da Segurança Alimentar na América Latina

Na última segunda-feira (2 de dezembro), em Brasília, foi realizada a reunião de instalação do Projeto de Cooperação Técnica Internacional intitulado “Fortalecimento da agenda regional de sistemas alimentares para o contínuo urbano-rural na América Latina e no Caribe”. O projeto, que recebeu investimento de US$ 2 milhões (aproximadamente R$ 12 milhões) e tem duração prevista de 28 meses, visa enfrentar os atuais desafios da segurança alimentar na região.

Assinado no mês anterior durante o G20 no Rio de Janeiro, o projeto é uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Este esforço conjunto responde a um cenário alarmante: segundo estimativas, até 2050, 68% da população mundial será urbana, com mais de 90% desse aumento concentrado em países em desenvolvimento, como os da América Latina, onde atualmente 81% das pessoas já residem em áreas urbanas.

A crescente urbanização está associada ao aumento da insegurança alimentar e nutricional, com a exclusão de pequenos agricultores das cadeias de valor e o acesso reduzido a alimentos saudáveis. Este problema é especialmente pronunciado entre grupos vulneráveis, como mulheres, populações indígenas, crianças e adolescentes. A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Lilian Rahal, destacou a relevância dessa iniciativa, afirmando que o projeto marca a retomada da cooperação Sul-Sul no Brasil e o fortalecimento das relações com organismos internacionais como a FAO.

O Brasil, que em 2014 havia saído do Mapa da Fome, retornou à lista em 2022, revelando uma retração nos avanços das políticas sociais. Atualmente, 33 milhões de brasileiros enfrentam insegurança alimentar grave, com a maioria residindo nas áreas urbanas e periféricas. O novo projeto de cooperação busca não apenas reverter essa tendência, mas também oferecer um suporte robusto para as capacidades estatais na abordagem dos sistemas alimentares.

As ações previstas no projeto incluirão o fortalecimento da governança participativa, o aumento da resiliência dos sistemas alimentares urbanos e periurbanos, e a promoção de políticas públicas que sejam adaptáveis às realidades locais. A iniciativa também terá um enfoque na troca de experiências, boas práticas e na construção de redes regionais que solucionem problemas comuns, permitindo uma abordagem mais integrada e eficaz.

A expectativa é que essa cooperação internacional, utilizando o conhecimento da FAO e a diversidade de experiências dos países da região, contribua para aumentar a segurança alimentar e nutricional e, consequentemente, combater a pobreza nas cidades da América Latina e do Caribe.

Perguntas e Respostas

  1. O que é o Projeto de Cooperação Técnica Internacional?
    O projeto é uma iniciativa que visa fortalecer a segurança alimentar na América Latina e Caribe, envolvendo o MDS, a ABC e a FAO, com um investimento de US$ 2 milhões e duração de 28 meses.

  2. Quais são os principais objetivos do projeto?
    Os principais objetivos incluem melhorar a produção e o acesso a alimentos saudáveis, fortalecer a governança da segurança alimentar e aumentar a resiliência dos sistemas alimentares urbanos e periurbanos.

  3. Por que o Brasil voltou ao Mapa da Fome?
    O Brasil retornou ao Mapa da Fome em 2022 devido à desaceleração dos avanços nas políticas de segurança alimentar, com 33 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave.

  4. Como o projeto pretende abordar a exclusão de pequenos agricultores?
    O projeto visa integrar pequenos agricultores nas cadeias de valor alimentares e assegurar que eles tenham acesso a recursos e oportunidades, promovendo a inclusão social.

  5. Qual a importância da cooperação Sul-Sul neste contexto?
    A cooperação Sul-Sul é importante porque permite a troca de experiências e melhores práticas entre países em desenvolvimento, adaptando soluções que funcionam em contextos semelhantes e fortalecendo as capacidades locais.

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