Cuidar da natureza em parceria com as pessoas é o compromisso central que orienta o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que celebra 18 anos de atuação. Esta data, considerada um marco de “maioridade institucional”, ocorre em um contexto singular, com o Brasil assumindo a presidência da COP30 e um aumento significativo nas discussões socioambientais em várias esferas.
Internamente, o ICMBio está passando por um processo de reconstrução e fortalecimento. Em 2023, o instituto lançou programas inovadores, expandiu suas instalações, integrou centenas de novos servidores e criou novas unidades de conservação federais. Também foi registrado um recorde histórico de visitação em parques nacionais no ano anterior.
Em um país de vasta extensão territorial, o ICMBio gerencia 344 unidades de conservação, correspondendo a cerca de 10% do território nacional, superando a área de muitos países. O instituto atua na proteção e restauração da biodiversidade, buscando alinhar ações ao bem-estar social e ao respeito às comunidades locais.
Na última quarta-feira, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participou de um evento que deu início às comemorações. Em sua fala, enfatizou a importância das ações do ICMBio no atual cenário geopolítico, ressaltando a necessidade de proteger a biodiversidade e enfrentar a mudança climática.
O presidente do ICMBio, Mauro Pires, reforçou a relevância da autarquia, destacando sua contribuição na luta contra o desmatamento e a ilegalidade. Ele expressou otimismo sobre o impacto do trabalho da instituição em sua história recente, reforçando que a criação do ICMBio foi uma decisão acertada.
O evento contou com a presença de figuras notáveis, como o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, que destacou a importância de reservar espaços para a preservação e o futuro. Fábio Feldmann, ambientalista e deputado constituinte, também ressaltou a generosidade da Constituição em relação às questões ambientais.
A secretária-executiva do Instituto Socioambiental (ISA), Adriana Ramos, enfatizou o feito do ICMBio na resistência e na reconstrução de uma agenda que posiciona o Brasil como referência internacional.
A programação de aniversário segue com uma mesa de diálogo interna. Durante o evento, o curador do Museu do Amanhã, Fábio Scarano, lembrou a luta de Chico Mendes, que, apesar de ter sido um defensor ferido pela violência, sempre desejou viver e lutar pela Amazônia.
O ICMBio carrega a responsabilidade de preservar o legado de Chico Mendes, um ícone na luta pelos direitos das populações locais e pela proteção da floresta amazônica, impactando profundamente aqueles que o sucederam na defesa do meio ambiente.
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