Mais eficiência, maior qualidade de projetos e fortalecimento institucional são os pilares dos investimentos em infraestrutura de transporte e mobilidade urbana do Novo PAC. Até agosto deste ano, o programa contabilizou R$ 36 bilhões em projetos selecionados em todo o país. Durante o painel “Futuro da Mobilidade Urbana Estruturante”, realizado em Brasília no evento ANPTrilhos, o secretário do Programa de Aceleração do Crescimento, Maurício Muniz, ressaltou a importância da cooperação entre o Governo Federal, estados, municípios e operadores privados.
Muniz detalhou que, dos R$ 16 bilhões em projetos de mobilidade em trilhos do Novo PAC, R$ 4 bilhões são provenientes do orçamento da União e R$ 12 bilhões de financiamento. Ele reconheceu que o investimento poderia ser maior, ressaltando a necessidade de qualificação dos projetos. Para isso, o governo tem trabalhado em parceria com gestões locais, bancos públicos e o setor privado na elaboração de propostas viáveis.
Participaram do painel Denis Andia, secretário nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades; Cleverson Aroeira, analista do BNDES, que contribuiu para o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU); Sérgio Avelleda, sócio-fundador da Urucuia; e Priscila Sakalem, secretária de Transporte e Mobilidade Urbana do Rio de Janeiro, sob a mediação de Silvia Bressan, do VLT Carioca.
Os debatedores discutiram desafios e oportunidades para o avanço da mobilidade urbana no Brasil, com ênfase em projetos estruturantes como metrôs, trens urbanos e VLTs. A necessidade de planejamento de longo prazo, integração entre modais e coordenação interfederativa para garantir eficiência e sustentabilidade dos sistemas foram consensuais durante o encontro, que também mencionou a pesquisa ENMU, realizada pelo BNDES em parceria com o Ministério das Cidades.
Na manhã desta quarta-feira (27), Maurício Muniz participou do webinário “Programa de Aceleração do Crescimento e opções de investimento”, promovido pela Britcham Brasil. Durante o evento, ele apresentou dados sobre os dois primeiros anos do PAC, com previsão de execução de R$ 1,1 trilhão até junho de 2026, focando em áreas como educação, saúde, mobilidade, abastecimento de água, moradia e a retomada de obras paralisadas.
O balanço confirmou que o programa investe em infraestrutura logística, com o objetivo de expandir a malha ferroviária em 2 mil km, além de destinar R$ 4,2 bilhões para 31 obras em aeroportos. No setor energético, já foram concluídos 4,2 mil km de linhas de transmissão, e o número de leilões realizados entre 2023 e 2025 é 65% maior em comparação ao período de 2019 a 2022, impulsionando a competitividade e o desenvolvimento com foco na geração de empregos e no bem-estar da população.
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