quinta-feira, setembro 4, 2025
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O Programa Cozinha Solidária realizará formação para 100 unidades em três estados

O Programa Cozinha Solidária, além de ser uma ferramenta vital para a segurança alimentar no Brasil, avança em direções que visam a formação e a geração de trabalho e renda nas áreas mais vulneráveis. Na última quinta-feira, 4 de setembro, o II Encontro Nacional do programa encerrou as oficinas da Modalidade de Apoio à Formação, que ocorreram no campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro. O evento reuniu 150 participantes, incluindo 60 representantes de cozinhas solidárias de diversas regiões do país.

As oficinas tiveram como objetivo promover a escuta ativa, identificando parcerias e demandas específicas das comunidades. Esta etapa marca o início da implementação da Modalidade de Formação, que começará com cursos-piloto em três estados.

Ana Carolina Souza, coordenadora-geral de Cozinhas Solidárias do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), destacou a importância do processo colaborativo na criação dessa nova modalidade. “O primeiro encontro foi crucial, pois as cozinhas e as entidades gestoras contribuíram para essa construção. Agora, estamos prontos para iniciar a implementação,” disse.

O projeto-piloto abrangerá inicialmente 100 cozinhas solidárias nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. “Ofertaremos cursos para capacitar não apenas os voluntários e membros das cozinhas, mas também os beneficiários,” explicou Carolina, enfatizando os três pilares do apoio: financeiro, fornecimento de alimentos através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e capacitação.

Desde o primeiro encontro nacional, o processo formativo é construído de maneira colaborativa. “É um processo de grande orgulho para nós. No primeiro encontro, ouvimos as cozinhas sobre como deveria ser essa formação e como ela pode apoiá-las,” lembrou a coordenadora.

A meta é aprender com a experiência para um futuro mais amplo em 2026. “Pretendemos aprimorar nosso trabalho para que no próximo ano possamos alcançar todas as cozinhas solidárias com diversas modalidades de formação, visando tanto a qualificação na produção de refeições quanto a geração de renda, permitindo que as pessoas adquiram diplomas e ingressem no mercado de trabalho.”

Juliana Favacho, da Associação Cidade para Todos, elogiou a sintonia entre as formações do MDS e as necessidades das comunidades. “A formação sempre foi um norte para nós. A nova formação do MDS dialoga muito com o trabalho realizado nas cozinhas,” observou.

Ela acrescentou que temas como geração de renda e o Guia Alimentar para a População Brasileira são fundamentais para quem atua na base. “Essas questões são extremamente relevantes para aqueles que trabalham nas cozinhas. A capacitação continua sendo uma necessidade, e sua inclusão no programa é de grande importância,” finalizou Favacho.

Juliana Torquato, membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), ressaltou o significado histórico das cozinhas solidárias como espaços de educação e cidadania. “Essas experiências concretas, que inspiram políticas públicas, são muito mais do que simples produção de refeições. Elas fortalecem a luta pela cidadania e constroem a soberania alimentar nas comunidades, mantendo vivos os princípios e autonomias que foram historicamente desenvolvidos,” afirmou a conselheira.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.

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