O Programa Mulher Cidadã – Cidadania Fiscal para Mulheres promoveu, em 19 de agosto, um encontro na sede do Ministério da Fazenda com representantes de institutos federais, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco do Brasil. O objetivo foi discutir a ampliação de políticas voltadas ao fortalecimento social e econômico de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Durante a abertura do evento, a procuradora da Fazenda Nacional e assessora especial do Ministro da Fazenda, Fernanda Santiago, ressaltou a importância da parceria estratégica entre os institutos federais e o programa. Ela destacou que o Mulher Cidadã é um instrumento de transformação social que busca unir cidadania fiscal, autonomia financeira e inclusão, permitindo que mais mulheres, especialmente as vulneráveis, possam construir novas histórias de dignidade e oportunidades.
Representantes dos institutos federais enfatizaram a relevância da mobilização de mulheres líderes em torno de políticas inclusivas. A professora Rosa Amélia, do Instituto Federal de Brasília (IFB), sublinhou que projetos voltados à capacitação de mulheres têm um impacto direto na transformação social, afirmando que quando a vida de uma mulher muda, toda a sociedade se transforma. A professora Mary Roberta, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), considerou simbólica a união de mulheres da educação para fomentar essas oportunidades, ressaltando a importância da articulação para expandir o alcance dos programas.
Na reunião, estiveram presentes parceiras pioneiras do programa, como a reitora e a pró-reitora do Instituto Federal de Sergipe (IFS), Ruth Sales e Chirlaine Gonçalves, que oferecerão apoio técnico para a disseminação dos conteúdos do Mulher Cidadã por meio do EduBox, projeto em andamento no IFS. Ruth Sales recebeu, em nome da instituição, o Certificado de Parceria Institucional do programa.
O diretor da Fundação Banco do Brasil, Gilson Adriano de Oliveira, expressou o desejo de apoiar a iniciativa e ressaltou o potencial impacto social do Mulher Cidadã, enfatizando a atuação da instituição junto à rede de catadores no Brasil, que abrange pessoas em vulnerabilidade.
A especialista em gestão fiscal do BID, Renata Café, elogiou a força do programa por integrar a pauta de gênero à gestão fiscal e utilizar estruturas institucionais existentes para alcançar mais mulheres. Ela destacou que a priorização desse tema pelo Ministério da Fazenda proporciona uma nova base para futuras ações.
Ao final do encontro, Fernanda Santiago reiterou a importância de alinhar planos de trabalho com cada instituição, promover rodas de conversa com lideranças locais e explorar o uso da tecnologia para ampliar o alcance do programa. “A emancipação da mulher depende fortemente da emancipação financeira e fiscal, que ajudam a enfrentar problemas como a violência”, concluiu.
O Programa Mulher Cidadã visa direcionar ações de orientação e capacitação a mulheres em situação de vulnerabilidade ou risco social, auxiliando-as a saírem da informalidade e alcançarem bem-estar e segurança social. As atividades do programa são realizadas em cooperação com instituições de ensino superior e outras entidades, como Secretarias Estaduais de Fazenda, que oferecem assistência fiscal, jurídica e financeira de forma gratuita a mulheres em risco social, microempreendedoras, organizações da sociedade civil e pequenas produtoras rurais.
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