terça-feira, setembro 9, 2025
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Obras hídricas aumentam a resiliência do semiárido frente à emergência climática

Brasília (DF) – A emergência climática tem imposto desafios significativos ao semiárido nordestino, caracterizado por longos períodos de estiagem e escassez hídrica, impactando seriamente as condições socioeconômicas da região. Para enfrentar essa situação, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) está intensificando os investimentos em obras hídricas estruturantes, com o objetivo de assegurar a segurança hídrica e aumentar a resiliência da população frente às alterações climáticas.

A Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH) está atualmente coordenando uma série de projetos, incluindo barragens, adutoras, canais e sistemas integrados de abastecimento de água. Essas iniciativas visam garantir o fornecimento em áreas urbanas e rurais, abrangendo múltiplos usos, como consumo humano, agricultura, pecuária, piscicultura e turismo. “Cada obra hídrica concluída é uma conquista contra os efeitos da emergência climática. Estamos investindo em segurança, futuro e dignidade para as populações mais vulneráveis do Nordeste,” declarou Giuseppe Vieira, secretário Nacional de Segurança Hídrica.

Entre os principais projetos em desenvolvimento, destaca-se a ampliação do Eixão das Águas, no Ceará, que vai beneficiar 4,6 milhões de pessoas em 10 municípios, com um investimento de R$ 1,25 bilhão através do Novo PAC. O Canal do Sertão Baiano, que capta água do Rio São Francisco, está programado para atender 1,2 milhão de pessoas em 44 municípios, garantindo acesso contínuo à água mesmo durante longos períodos de estiagem.

Outras iniciativas, como o Ramal do Apodi, que levará água a 45 municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte, e o Ramal do Salgado, que atenderá 5 milhões de cearenses por gravidade, fortalecem a resposta à crise climática através de obras duradouras. Além disso, o projeto do Sistema Adutor Banabuiú, no Ceará, visa fornecer água tratada do Açude Banabuiú para abastecer diversas localidades do Sertão Central, beneficiando cerca de 300 mil pessoas em períodos de seca.

A construção e modernização de barragens também são parte fundamental da estratégia climática do MIDR. A Barragem Nova Algodões (PI), atualmente em fase de licitação, terá capacidade para 50 milhões de m³ e beneficiará 47 mil pessoas. Por sua vez, a Barragem de Oiticica (RN), recentemente concluída, atenderá 294 mil habitantes em 22 municípios do Seridó potiguar. Essas estruturas não apenas armazenam água, mas também reduzem os riscos associados à seca e asseguram um abastecimento regular.

A integração dos eixos Leste e Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) já em operação, e seus ramais, como o do Agreste e do Piancó, permite que aágua percorra centenas de quilômetros, atendendo áreas historicamente afetadas pela escassez. Com a capacidade de bombeamento ampliada, o Eixo Norte beneficiará mais de 8 milhões de pessoas em 237 municípios. Essas obras não apenas promovem o abastecimento, mas também sustentam as cadeias produtivas locais, aliviando a pressão sobre os mananciais naturais e promovendo um uso mais sustentável dos recursos hídricos.

Dentro dessa perspectiva, o MIDR colabora com iniciativas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, buscando promover a segurança hídrica. Por meio de seu Comitê Permanente de Resiliência Climática, o ministério participa das discussões preparatórias para a COP 30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA). O evento reunirá líderes de diversas nações, representantes de governos e da sociedade civil para discutir soluções para os desafios climáticos, marcando a primeira vez que a conferência será realizada na Amazônia.

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