Oficinas em Manaus Debatem Segurança Alimentar com o Programa Estratégia Alimenta Cidades
Nos dias 13 e 14 de março, Manaus recebeu uma série de oficinas promovidas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar (Sesan). O evento, parte do programa Estratégia Alimenta Cidades, reuniu representantes da administração pública local e da sociedade civil para discutir temas relacionados à segurança alimentar, um problema crescente nas áreas urbanas do Brasil.
O programa Estratégia Alimenta Cidades visa assegurar que os habitantes das cidades tenham acesso a alimentos nutritivos e de qualidade. Entre seus objetivos, destaca-se a redução do desperdício de alimentos, um desafio que afeta tanto a economia quanto a saúde pública.
Manaus, uma das cidades mais populosas do Norte do Brasil, tem avançado significativamente em iniciativas de segurança alimentar. Em 2024, a prefeitura lançou o programa Manaus Sem Fome, que já distribuiu mais de 2 milhões de refeições gratuitas para a população em situação de vulnerabilidade social. A ação, que inclui a expansão do programa "Prato do Povo" e o fortalecimento de cozinhas comunitárias, tem como meta garantir a segurança alimentar para os que mais necessitam, especialmente em comunidades vulneráveis.
O planejamento para 2025 inclui a reforma de cozinhas comunitárias e a criação do primeiro Banco de Alimentos Municipal, que promete consolidar Manaus como referência nacional no combate à fome. A Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) assumiu um papel de destaque na coordenação dessas ações, em parceria com outras secretarias, como a de Agricultura, visando um esforço conjunto para combater a fome e promover a segurança alimentar na capital amazonense.
O cenário socioeconômico do Brasil é alarmante, com 85% da população vivendo em áreas urbanas e uma significativa parte da população vulnerável enfrentando insegurança alimentar. Dados do Cadastro Único (CadÚnico) revelam que 48% dos domicílios urbanos estão registrados, com uma alta concentração em municípios com mais de 100 mil habitantes. Esse contexto reforça a importância de modalidades de acesso a alimentos, como hortas comunitárias e a promoção da agricultura urbana, que se mostram essenciais para fortalecer a produção local de alimentos saudáveis.
O programa Estratégia Alimenta Cidades também busca promover a educação alimentar e nutricional por meio da disseminação de informações sobre hábitos alimentares saudáveis. A ampliação dessas iniciativas e o fortalecimento de ações voltadas para a educação alimentar são fundamentais para que a população possa não apenas ter acesso à comida, mas também fazer escolhas saudáveis e sustentáveis.
Ao final dos encontros, fica a reflexão sobre como é vital unir esforços entre o poder público e a sociedade para que todos tenham acesso a uma alimentação digna e nutritiva, mudando não apenas a realidade imediata, mas proporcionando um futuro mais justo e equilibrado.
Perguntas e Respostas
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O que é a Estratégia Alimenta Cidades?
A Estratégia Alimenta Cidades é um programa do MDS que visa garantir o acesso a alimentos saudáveis em áreas urbanas, reduzindo perdas e desperdícios. -
Quais são os principais objetivos do programa em Manaus?
O programa busca assegurar a segurança alimentar da população vulnerável, por meio da distribuição de refeições e da implementação de cozinhas comunitárias, além de criar um Banco de Alimentos Municipal. -
Quantas refeições já foram distribuídas pelo programa Manaus Sem Fome?
Desde seu lançamento em 2024, o programa Manaus Sem Fome já distribuiu mais de 2 milhões de refeições gratuitas para pessoas em situação de vulnerabilidade social. -
Qual é a importância da educação alimentar nesse contexto?
A educação alimentar é crucial para informar a população sobre hábitos saudáveis, promovendo escolhas alimentares adequadas e combatendo a insegurança alimentar. - Como a população pode participar das iniciativas de segurança alimentar?
A participação pode ocorrer por meio de ações comunitárias, como hortas urbanas, e em programas de formação e discussão sobre segurança alimentar promovidos pela administração pública e organizações civis.