Brasília, 28/08/2025 – O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em conjunto com a Polícia Federal (PF), o Ministério da Fazenda e a Receita Federal, lançou hoje as operações Quasar, Tank e Carbono Oculto, visando desmantelar organizações criminosas envolvidas em esquemas de lavagem de dinheiro e fraudes no setor de combustíveis, com impactos económicos bilionários.
As três operações resultaram na execução de mais de 400 mandados judiciais, que incluíram seis prisões e centenas de buscas e apreensões em pelo menos oito estados brasileiros. As medidas também possibilitaram o bloqueio e sequestro de mais de R$ 3,2 bilhões em bens e valores. As investigações revelaram que os grupos criminosos movimentaram, de forma ilícita, aproximadamente R$ 140 bilhões, em um dos maiores esforços contra o crime organizado no país.
A operação é fruto da criação do Núcleo de Combate ao Crime Organizado, estabelecido em janeiro de 2025. Em coletiva de imprensa, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ressaltou a importância das ações, que representam um marco na luta contra o crime. "É uma das maiores operações da história brasileira e mundial, resultado da colaboração entre diversas agências," afirmou.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, destacou a eficácia de ações que visam bloquear patrimônios criminosos, afirmando que isso é mais eficiente que a simples prisão. Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, e Andrea Costa Chaves, subsecretária da Receita Federal, também comentaram sobre a relevância da cooperação interagências para o sucesso das investigações.
Operação Quasar visa desarticular uma organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro através de instituições financeiras, utilizando fundos de investimento para ocultar recursos ilícitos. Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em São Paulo, e a Justiça Federal autorizou o sequestro de fundos de investimento envolvidos nas atividades ilegais.
Operação Tank busca desmantelar uma significativa rede de lavagem de dinheiro no Paraná, com movimentações superiores a R$ 23 bilhões desde 2019. A investigação revelou táticas como depósitos fracionados, fraudes contábeis e práticas fraudulentas em postos de combustíveis. Foram emitidos mandados de prisão e busca em vários estados, resultando em bloqueios patrimoniais que superam R$ 1 bilhão.
Operação Carbono Oculto enfoca fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, com ações em mais de 300 alvos em oito estados. As investigações indicam movimentações de R$ 52 bilhões em postos de combustíveis, além de irregularidades que envolvem adulteração de produtos. A operação, que mobiliza diversos órgãos governamentais, revela uma complexa rede de ocultação de recursos, utilizando fintechs e fundos de investimento.
O nome "Carbono Oculto" refere-se tanto ao elemento químico presente nos combustíveis quanto ao encobrimento de recursos ilícitos.
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